Criptomoeda que registrou alta histórica de 42.576% pode ser favorecida pela Web3 e fazer parte de ‘Pix global’
Sistema de transações criado pelo BC do Brasil em 2020 desencadeou corrida mundo afora, inclusive do Banco de Compensações Internacionais e dos projetos criptos.
Apesar de a maioria dos investidores de criptomoedas concentrarem seus olhares para as oportunidades que surgem pela volatilidade, em especial através de investimentos em projetos, anúncios de parcerias e listagens em exchanges, eventos que costumam desafiar o inverno cripto, como o que aconteceu com a criptomoeda que subiu 258% e assumiu a liderança em crescimento, alguns investidores optam por mirar o que pode estar após as cordilheiras atuais.
Para isso, muitas vezes é necessário olhar o que acontece fora do ecossistema cripto para enxergar o que pode estar dentro. Um exemplo é o Pix, plataforma de transações instantâneas desenvolvida pelo Banco Central do Brasil, que entrou em operação oficialmente em novembro de 2020. Se olhado por um determinado ângulo, o sucesso do Pix pode ter desencadeado a refração da adoção das criptomoedas como meio de pagamento no país.
O Pix também inspirou outros países a estudarem ou desenvolverem projetos similares, entre eles os Estados Unidos e o México, que trabalha o CoDi. Nesta corrida também está o Banco de Compensações Internacionais (BIS), que está testando um sistema similar ao Pix que permitiria transações de envio de valores entre pessoas de 60 países.
Por outro lado, o desenvolvimento da internet descentralizada, a Web3, calcada na tecnologia blockchain poderá favorecer o surgimento de outros “Pixs globais”, entre eles a rede descentralizada ponto a ponto (P2P) Stellar, cujo token nativo, o XLM, atua como moeda intermediária das operações e de pagamento de taxas.
Criada em 2014, a plataforma foi lançada oficialmente em 2015, muito antes do hype da Web3, com propósito de conectar os sistemas financeiros mundiais e garantir um protocolo para provedores de pagamento e instituições financeiras.
Na manhã desta segunda-feira (26), o XLM era trocado de mãos pouco acima de US$ 0,11 e registrava baixa diária de 3,1% com o projeto ocupando a 25ª colocação em capitalização de mercado, cujo volume era de quase US$ 2,9 bilhões, também em baixa de 3,1%, e mais de US$ 172,6 milhões em transações diárias, em alta de 1,1%.
Apesar de não ter escapado das perdas massivas do inverno cripto, iniciado a partir do crash do início de dezembro, o XLM acumulava uma alta de quase 5.300% em relação ao preço do token no início da plataforma, cerca de US$ 0,0021 segundo os dados de monitoramento do CoinGecko. De lá pra cá, o XLM chegou a registrar diversas altas expressivas, a maior delas no inverno cripto de 2018, quando chegou a esbarrar na resistência de US$ 0,90 e imprimir um ganho histórico de 42.576%.
Outra alta expressiva foi em maio de 2021, quando o XLM alcançou US$ 0,73 e emplacou sua segunda máxima histórica com um preço 34.661% superior ao inicial. Em relação ao recuo do XLM a partir do crash do início de dezembro de 2021, quando o token se encontrava precificado pouco abaixo de US$ 0,34, o valor do XLM encolheu 66%, percentual que é praticamente o mesmo da queda acumulada pelo Bitcoin (BTC) neste mesmo período.
Quem também costuma olhar para o futuro, de olho em possíveis oportunidades, são as baleias. Tanto que, na última sexta-feira (23), dados de monitoramento on-chain indicavam que dez altcoins e dez tokens de baixa capitalização somavam US$ 11 milhões e eram cobiçados pelas maiores baleias da BNB Chain, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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