‘Criptomoedas vivem o mesmo momento que a internet nos anos 1980 e 1990’, destaca executivo em evento da rede Banco24Horas

Vejo a cripto tendo o mesmo efeito do início da internet, nos anos 1980, 1990. Tínhamos aquela internet discada e pouca gente usava. À medida que ela foi ficando mais amigável, mais pessoas foram aderindo, explicou executivo

Durante o Podcast ‘Tudo Conectado TecBan’, Luiz Fernando Ribeiro, Gerente de Plataformas Digitais da TecBan conversou com Gustavo Cunha, sócio da FinTrender que, por sua vez, destacou que as criptomoedas atualmente vivem o mesmo momento que a internet viveu nos anos 1980 e 1990.

“Vejo a cripto tendo o mesmo efeito do início da internet, nos anos 1980, 1990. Tínhamos aquela internet discada e pouca gente usava. À medida que ela foi ficando mais amigável, mais pessoas foram aderindo”, explicou Gustavo Cunha.

Ainda segundo Cunha, até por volta de 2017, as criptomoedas eram só vistas como um meio de pagamento.

“A partir da popularização dos Smart Contracts e da rede Ethereum, começou a haver inovação. Hoje, a iniciativa está em qualquer setor que você imaginar, desde o financeiro até o imobiliário”, corroborou Gustavo.

Ele também acrescentou que as pessoas passaram a ver as criptomoedas não só como meio de pagamento e investimento, mas como uma nova forma de negociar, de gerir e criar ideias.

Durante a conversa, Luiz Fernando destacou o aumento de popularidade do tema nos últimos anos, “Pesquisas indicam que, em 2021, o número de investidores em criptos cresceu mais de 900%”.

Segundo a análise do executivo da TecBan, os números do crescimento exponencial no Brasil mostram a força das criptomoedas e o potencial de mercado no cenário nacional 

Criptomoedas

Para os dois especialistas, a popularização das criptos também traz desafios, como a regulação.

“A cripto é uma tecnologia nativa global, mas as regulamentações são regionais. Os sistemas financeiros de pagamento são integrados, mas são locais. Como as criptos transcendem a isso, fica difícil fazer essa regulação. O que o mercado está fazendo é regular os intermediários que dão acesso às criptos: exchanges, fundos, ETFs. É para isso que o mundo está caminhando e o Brasil, também”, ressaltou Gustavo.   

Luiz Fernando afirmou que no Brasil, as criptomoedas ainda são mais usada como investimento a longo prazo, mas com a regulamentação sendo discutida e a inclusão de mais tecnologias, começaremos a ver o pagamento via criptomoedas despontar no país.

Fernando também lembrou que em 2019, a TecBan criou o HubDigital, plataforma que tem como objetivo integrar fintechs ao ecossistema do Banco24Horas, disponibilizando APIs, como o saque digital.

“Isso permite ao usuário que tem o seu bitcoin ou altcoin com o criptobanco integrado ao nosso sistema converter a sua cripto em uma moeda fiduciária, e terminar a operação sacando em reais no Banco24Horas”.  

A criação do real digital também foi tema do bate-papo entre os dois especialistas e Cunha destacou que assim como o Bitcoin os CDBCs vieram para ficar e o objetivo dos Bancos Centrais é tornar as suas moedas programáveis, e não apenas a digitalização.

“Por exemplo, na venda de um carro, você consegue atrelar a entrega do veículo com a transferência do dinheiro, tirando o risco do sistema”, cita o executivo da FinTrender e da Resetfunds, Gustavo Cunha.   

Luiz Fernando Ribeiro, destacou que, no Brasil, o Banco Central vem estudando o tema para a criação do real digital e a TecBan tem um projeto selecionado no Lift Challenge.

“Nosos projeto combina elementos de DvP à IoT (Internet das Coisas) para oferecer uma solução de logística em um sistema totalmente aberto de pagamento e entrega, onde diferentes plataformas de e-commerce poderão ter acesso a pontos seguros”, concluiu o executivo da TecBan.

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