Criptomoedas podem ajudar a expandir serviços financeiros no Brasil, diz coordenador do Banco Central

Ele afirmou que aceitação do Pix deve dificultar uso das criptos para pagamentos, mas tecnologias por trás dos criptoativos abrem outras possibilidades.

Em participação no segundo dia da oitava edição da Brazil Conference, evento que aconteceu nos dias 9 e 10 de abril em Boston, Estados Unidos, o economista e responsável pelo projeto do Real Digital no Banco Central, Fábio Araújo, destacou que a tecnologia blockchain e a Web3 devem protagonizar uma segunda fase de expansão no sistema financeiro brasileiro, embora ele tenha declarado não acreditar na utilização massiva das criptomoedas como forma de pagamento em função da ampla aceitação do Pix no país. 

O representante da instituição financeira frisou que a blockchain possibilita a criação de soluções inovadoras e com menos recursos, em comparação com o mercado tradicional. O que, segundo ele, vai possibilitar uma segunda fase de expansão dos serviços financeiros no Brasil junto com o Open Banking, que se baseia no compartilhamento de dados dos clientes entre as instituições financeiras para facilitar a fluidez das negociações.  

Tem que dar opções de investimento, de crédito, de seguros. E é isso que a gente vê que a tecnologia de cripto pode oferecer para um mercado que ainda não está coberto hoje. É esse o foco que a gente tem para a tecnologia de Web3 e cripto no Brasil, disse.

Segundo o coordenador dos trabalhos do CBDC brasileiro, a ampla aceitação do Pix no país deve ser um fator de refração ao uso das criptos como forma de pagamento, de maneira massiva. 

Fica meio sem sentido pensar em cripto para fazer pagamento no Brasil. A gente tem um sistema de pagamento muito avançado, o Pix foi um fenômeno de adoção, justificou.  

No caso da futura moeda digital nacional, em uma versão piloto, não disponível para toda população brasileira em um primeiro momento, o Real Digital deverá ser lançado ainda este ano. O CBDC, pelo fato de ser uma versão digital do Real, terá seu valor por base no Sistema de Transferência de Reservas (STR), que é o sistema que realiza a transferência de recursos entre instituições financeiras. Além disso, o Real Digital também vai possuir um suprimento limitado, como o Bitcoin (BTC), conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

 

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