‘Criptomoedas estão mortas nos EUA’, diz bilionário da tecnologia Chamath Palihapitiya

Palihapitiya admitiu que a indústria de criptomoedas “ultrapassou os limites” em relação a outros setores, atraindo a atenção da SEC.

Os reguladores nos Estados Unidos sufocaram o setor de criptomoedas até a morte, de acordo com o touro do Bitcoin (BTC) e bilionário investidor do setor de tecnologia Chamath Palihapitiya.

“As criptomoedas estão mortas nos Estados Unidos”, ele afirmou corajosamente em um episódio de 22 de abril do podcast All-In.

O comentário de Palihapitiya veio em resposta à notícia de que a exchange de criptomoedas Coinbase está considerando a transferência de suas operações para o exterior. Ele apontou seu dedo para Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC):

“As criptomoedas estão mortas nos Estados Unidos. Quero dizer, agora você tem Gensler até mesmo culpando as criptomoedas pela crise bancária – as autoridades dos Estados Unidos apontaram firmemente suas armas para as criptomoedas.”

Embora Palihapitiya tenha dito que os EUA provavelmente veem as criptomoedas como uma ameaça à sua “posição”, o investidor atribuiu alguma culpa ao setor:

“Para ser justo com os reguladores, [o setor cripto] ultrapassou os limites mais do que qualquer outro setor de startups.”

Ele completou sua análise concluindo que os bons atores agora estão “pagando o preço” pelo mau comportamento da FTX e de outras empresas que impactaram negativamente a reputação do setor.

“A conta chegou”, acrescentou.

David Sacks, um dos apresentadores do programa, disse que os EUA podem estar tentando sufocar as criptomoedas porque elas podem ameaçar a supremacia do dólar:

“Acho que provavelmente não é uma coincidência que você esteja vendo todas essas preocupações sobre a desdolarização [da economia mundial] ao mesmo tempo em que os reguladores estão reprimindo as criptomoedas.”

Mas o impacto geral será negativo para o país, sugeriu Sacks, que acredita que empurrar as empresas de criptomoedas para o exterior será “terrível para a inovação americana.”

Outros comentaristas descreveram o problema em questão no contexto da “Operação Choke Point 2.0” – um suposto esforço orquestrado pelos reguladores para desencorajar os bancos a fornecer serviços para empresas de criptomoedas.

Palihapitiya ficou perplexo com a noção de que a Coinbase  – uma plataforma de negociação de ativos digitais que “cumpe as regrase anda na linha” e que “tentou fazer as coisas certas” – não obteve clareza regulatória junto às agências responsáveis.

“Como isso é possível?”, questionou Palihapitiya. Sacks respondeu que o ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, “tinha capacidade de manipular o sistema.”

Em março, a SEC emitiu uma notificação para a Coinbase – uma medida que normalmente indica que o regulador planeja dar entrada a uma ação de execução contra a empresa por possíveis violações das leis de valores mobiliários dos EUA.

Se uma ação for movida, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, diz que a exchange estará pronta para ir aos tribunais defender seus direitos.

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