Crise do coronavirus pressiona por mais impostos e não deve poupar criptomoedas

A crise sanitária gerada pelo coronavírus agravou ainda mais a situação econômica do país. O isolamento social, que reduziu drasticamente as atividades econômicas, e o aumento dos gastos públicos aumentarão ainda mais a dívida do Brasil.

A estimativa é que a dívida bruta brasileira deve passar dos 76% do PIB, para algo entre 92% e 96% neste ano.

Agora, não há muito o que fazer para mudar essa realidade. Para amenizar os efeitos da quarentena, o governo precisa gastar. O impacto do aumento da dívida vai ser grande. E para pagar essa conta, vários economistas acreditam que, o governo brasileiro vai precisar aumentar os impostos.

A previsão dos economistas é que o governo brasileiro deve aumentar os impostos já em 2021. Ainda que esse aumento seja “suave” no início, vai pesar no bolso dos brasileiros. E a má notícia: quem investe em criptomoedas não vai conseguir escapar dos impostos.

A conta vai ser cara

Entre os economistas que defendem a teoria do aumento dos impostos, ainda há muita discussão sobre quais impostos deve ser elevados e se a classe média deve ser poupada ou não.

Alguns economistas acreditam que a tributação de dividendos pago pelas empresas ou uma maior tributação para bancos vai ser o suficiente. Outros acham que o primeiro aumento nos impostos deve ocorrer na alíquota do Imposto de Renda, que deve aumentar a alíquota máxima de 27,5% para 35% para quem é CLT.

Além disso, muito se discute sobre a criação de um novo imposto sobre transações digitais, com o mesmo molde da antiga CPMF.

Aumento do IR e volta da CPMF prejudica criptomoedas

Tanto o possível aumento do Imposto de Renda quanto a volta da CPMF vão afetar os investidores de moedas digitais.

Aqueles investidores que negociam menos de R$ 35 mil ao mês podem ficar tranquilos, nada vai mudar. Mas os grandes investidores talvez tenham que pagar uma tributação maior pelos seus ganhos.

A grande “dor de cabeça” vai acontecer se a CPMF voltar.

Em 2007, a última taxa registrada da CPMF era de 0,38% para movimentações financeiras. Naquela época, se você fizesse um depósito em uma exchange, você já começaria perdendo 0,38%.

Porém, essa cobrança incidiria também quando você efetuasse um saque. Ou seja, você teria que pagar a CPMF duas vezes, a de entrada de dinheiro na corretora e a de saída de dinheiro na corretora.

O problema é que, além de pagar a tributação duas vezes, o investidor vai ter que pagar uma taxa maior para sua corretora, já que o custo operacional de todas as empresas com as quais ela se relaciona vão aumentar, gerando um efeito cascata sobre toda a economia.

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