“Usar criptomoedas para se afastar do governo é ironia”, diz bilionário dono da Citadel

Um bilionário acredita que utilizar as criptomoedas para se afastar do governo é uma verdadeira ironia, cometida principalmente por jovens libertários que querem um estado menor em suas vidas.

Kenneth Cordele Griffin, conhecido apenas como “Ken Griffin”, é um empresário, gestor de hedge e CEO da empresa Citadel LLC, criada em 1990 e com mais de 50 bilhões de dólares sob sua gestão.

Como um grande empresário, ele foi convidado a participar do programa Delivering Alpha da CNBC na última quarta-feira (28), onde associou as criptomoedas a fraudes financeiras.

Bilionário diz ver ironia em quem utiliza as criptomoedas para se afastar do governo

O nascimento do Bitcoin, maior moeda digital já criada, se deu em meio a um movimento chamado cypherpunk, que prega a privacidade através da criptografia. Entre os estudiosos da criptografia como mecanismo de defesa contra o governo, a ideia de um dinheiro livre do Estado foi perseguida por duas décadas até a chegada do bitcoin, primeira a funcionar.

Até o hoje a tecnologia do bitcoin é um dos maiores destaques do mundo financeiro, uma inovação sem precedentes em um mercado que pouco mudou.

Bancos centrais seguem imprimindo moedas lastreadas na confiança do sistema monetário e as recentes crises inflacionárias em divisas fiduciárias empurram a população mundial a buscar alternativas para se proteger, como o bitcoin.

Mas o papel do estado na vida das pessoas ainda é algo importante na visão do bilionário Ken Griffin, que disse não ver nenhum sentido em quem utiliza criptomoedas para se afastar dos governos.

“O interessante é que vemos pessoas se afastando do grande governo quando olham para ativos como criptomoedas, o que é uma verdadeira ironia, considerando como as pessoas veem o governo como capaz de resolver tantos outros problemas.”

Ou seja, ele acredita que os governos ainda têm um papel importante para ajudar suas populações, o que não deve ser evitado por quem gosta de criptomoedas.

“Jovens libertários que acreditam nisso”

O bilionário ainda declarou que trabalha com vários jovens que tem um viés libertário, procurando menos estado em suas vidas, e esses são os verdadeiros fãs das criptomoedas.

Contudo, em sua equipe há investidores mais velhos, estes que já não são fãs das criptomoedas para se afastar de governos ou diminuir o poder do estado. Ken Griffin então disse que compreende o dilema como uma questão geracional.

Vale lembrar que a Citadel, empresa em que ele é CEO, faz parte dos gigantes de Wall Street que lançaram uma corretora de criptomoedas chamada EDX Markets (EDXM), neste mês de setembro.

Ou seja, ainda que Ken não concorde com o fim dos governos, ele não está fora do mercado de criptomoedas.

Fonte: Livecoins

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