Criptomoeda do metaverso Decentraland sobe 80% após anúncio do Facebook
A MANA, criptomoeda nativa do metaverso Decentraland, chegou a subir 80% nesta sexta-feira, 29, atingindo um valor de mercado superior a 2 bilhões de dólares.
O salto no preço do token do mundo virtual, que no momento é cotado em US$ 1,26, foi aparentemente incentivado pelo anúncio do Facebook na última quinta-feira, que falou sobre a mudança de seu nome corporativo para “Meta”, a fim de sinalizar seu novo foco no metaverso.
Ou, como o CEO Mark Zuckerberg afirmou em uma conferência, sua companhia seguirá a linha de pensamento “metaverso primeiro, não Facebook primeiro”.
“A posição de liderança do token MANA no ecossistema de metaversos provavelmente será solidificada no futuro pelo movimento do Facebook para se renovar e focar na construção de sua própria extensão do mundo digital”, afirmou Denis Vinokourov, head de research na Synergia Capital.
“Os jogos tokenizados realmente se sobressaíram como uma tendência nas últimas semanas e o Decentraland é de longe o mais estabilizado de todos”, afirmou Mati Greenspan, CEO da Quantum Economics.
Praticamente todo ativo dentro do Coop’s Metaverse Index (MVI), índice que rastreia criptoativos e protocolos que constroem o mundo virtual, está em alta. Sandbox (SAND), que é um mundo virtual onde os jogadores podem monetizar suas experiências virtuais, subiu 31%, de acordo com o MVI. O AXS, token do jogo play-to-earn Axie Infinity, também subiu 17% nas últimas 24 horas.
O compromisso do Facebook em construir o metaverso, evidenciado por seus planos de contratar 10 mil pessoas na União Europeia, é um sinal para o mercado de que existe um valor gigantesco ainda a ser descoberto, afirmou Mason Nystrom, analista sênior da Messari.
Realidade Virtual
Vinokourov ainda está otimista sobre o token MANA, da Decentraland, que chegou a bater 2,4 bilhões de dólares em valor de mercado. “Esse valor de mercado está longe de ser exagerado, dado o potencial de crescimento do setor”, afirmou.
Mundos virtuais como a Decentraland e Sandbox tem grandes diferenças em comparação à visão do Facebook para o metaverso, de acordo com Nystrom.
Nystrom explica que espera que a Meta construa “fossos” em volta do metaverso, criando jardins digitais cercados por muros, para que assim a companhia e suas redes (como o Facebook, por exemplo) tenham a habilidade de fazer dinheiro com isso. Mundos digitais como Sandbox e Decentraland são o oposto, e irão permitir que desenvolvedores e jogadores façam dinheiro para si próprios.
“Essencialmente, essa é a diferença entre um metaverso fechado (Meta) e um aberto (cripto)”, explicou Nystrom.
Investidores provavelmente terão acesso à ambos, porque a forma como o metaverso irá se desenrolar ainda é amplamente desconhecida, afirmou.
Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube