Criptomoeda do clima poderia ser mais útil que Bitcoin, afirma Alfredo Sirkis
Para Alfredo Sirkis, escritor e jornalista brasileiro, uma criptomoeda do clima poderia ser mais útil que o Bitcoin. Sirkis que é um ex-deputado e fundador do Partido Verde, defende que o Brasil tenha mais consciência da questão ambiental.
Criptomoeda para clima foi proposta por ambientalista brasileiro, mais útil que Bitcoin
Começou na última segunda (2) a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019, chamada de COP25. A edição de 2019 acontece em Madrid, Espanha. Por lá, o Brasil enviou alguns representantes para discutir essa temática.
Cabe o destaque que em 2019 o Brasil foi acusado internacionalmente de desmatar a Amazônia, com imensas áreas queimadas. Além disso, o ano foi marcado pelo discurso acalorado de Greta contra a poluição global, que tem “destruído as gerações futuras”.
Para o ambientalista Alfredo Sirkis, a COP25 na edição de 2019 está deprimente. Dentre os principais motivos estariam a falta de vontade das grandes potências em encarar o tema de forma séria.
China e EUA não querem melhorar o meio ambiente, mas há uma esperança: um novo ouro
Em uma postagem em seu blog no dia 4, Alfredo Sirkis afirmou que as potências não querem debater sobre o meio ambiente. Além disso, as principais potências, por exemplo, EUA e China, se afastam mais do debate e continuam suas atividades poluidoras.
Em outro ponto, países como a Índia e também da Europa, não se esforçam para essa causa. Com isso, de acordo com Alfredo, os esforços para mudança tem partido apenas da sociedade civil. Sirkis lembrou os esforços de Greta e outros mais, entretanto, estes não tem sido capazes de fazer frente a mudança climática. A COP, por exemplo, teria perdido o escopo e formato na visão do ambientalista.
Para Alfredo, a solução então é precificar o carbono, com a criação de uma criptomoeda do clima, que seria, na visão deste, “mais útil que o Bitcoin“.
Se governos, bancos centrais e agencias multilaterais são incapazes de fazê-lo temos que criar uma criptomoeda do clima. Uma baseada no lastro do menos-carbono como se fosse o novo ouro.
Por fim, Alfredo lembrou que caso os governos e bancos centrais não tenham interesse em fazê-la, a tarefa cabe a sociedade civil. Sirkis lembrou que tal tarefa pode ser realizada por “hackers e pop stars” que poderiam iniciar um movimento global pela web. Com isso, a nova moeda menos-carbono poderia ser o novo ouro, afirmou.
O Livecoins procurou Alfredo para conversar sobre o projeto de criptomoeda lastreada em menos-carbono, mas até o momento não obteve resposta.
Debate entre Alfredo Sirkis e governo Bolsonaro foi tenso em 2019
O carioca de 68 anos é famoso defensor da política ambiental no Brasil, sendo um dos fundadores do Partido Verde. Após problemas internos do partido, abandonou a sigla em 2013. Entre os anos de 2011 e 2015 foi Deputado Federal no Brasil, defendendo pautas de meio ambiente.
Antes disso, Alfredo já havia sido vereador no Rio de Janeiro, sua cidade natal. Até maio de 2019, Alfredo Sirkis chegou a fazer parte do governo de Jair Bolsonaro, tendo sido exonerado após críticas ao presidente.
Como jornalista, Alfredo tem dedicado sua vida a pauta ambiental e atualmente tece críticas ao modo que Bolsonaro tem tratado o meio ambiente. Dentre as principais polêmicas, está no fato de Alfredo afirmar que “as falas de Bolsonaro são como Viagra para os desmatadores“.
Em outro ponto polêmico, Alfredo teria dito que “Bolsonaro acha que os ambientalistas são comunistas“. Com isso, o debate sobre a questão climática no Brasil tem sido complicado entre os ambientalistas e o governo atual.
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