Criminosos usam pré-cadastro falso do PIX para roubar dados

Empresa de segurança digital Kaspersky identificou golpe que usa cadastro do PIX para atrair vítimas

Um grupo de criminosos está tentando se aproveitar do pré-cadastro da população no sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o PIX, para roubar dados de potenciais vítimas.

Segundo o InfoMoney, a empresa de segurança digital Kaspersky já identificou golpes de phishing que simulam o pré-cadastro do PIX em instituições financeiras para roubar seus dados pessoais.

A empresa não soube dizer potencialmente quantas vítimas já teriam sido impactadas pelo pré-cadastro falso, que foi identificado por e-mail.

Os cadastros oficiais do PIX começam em 5 de outubro e uma série de instituições financeiras e bancos digitais já abriu cadastro para seus clientes, em antecipação ao sistema que entra no ar em novembro.

Os clientes cadastrados no PIX poderão cadastrar-se através de número de celular, e-mail, CPF ou uma chave única criada pelo sistema. O sistema promete transações rápidas a qualquer hora do dia e da semana.

O analista da Kaspersky Fabio Assolini diz que o objetivo dos criminosos é coletar dados bancários e pessoais para depois acessar a conta PIX das vítimas quando o sistema for ao ar:

“O e-mail que identificamos usava o nome de um banco popular e trazia um link para que o usuário fizesse o cadastro na conta Pix. O link em questão era direcionado a um site falso que simulava o banco e pedia que a vítima inserisse a sua senha bancária, além do número do celular e do CPF, que serão usados como chaves de identificação dentro do Pix”

O pré-cadastro no PIX já é ofertado a clientes de instituições cadastradas no sistema, mas só será oficialmente obrigatório a partir de 5 de outubro, quando as inscrições efetivamente começam.

Assolini recomenda aos interessados em fazer parte do PIX que busquem as instituições financeiras de que fazem parte para se cadastrar:

“Tenham cuidado com os convites de pré-cadastro recebidos, pois eles podem ser falsos. Usem apenas canais oficiais dos bancos”

13% dos usuários de interneto no Brasil acessaram, entre abril e junho de 2020, pelo o menos um link malicioso, segundo a empresa. A média mundial é bem abaixo disso, 8,26%.

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