Cresce oferta de emprego para Desenvolvedor Blockchain em 2018: LinkedIn e Indeed
A função de Desenvolvedor Blockchain foi parar no topo da lista de oferta de empregos emergentes do LinkedIn para este ano 2018, segundo relatório da plataforma divulgado nesta quinta-feira (13).
De acordo com o informe, a oferta de vaga para profissionais com habilidades no novo setor teve um aumento de 33 vezes em apenas um ano, um resultado natural visto o recente aumento do interesse em torno das criptomoedas e da tecnologia blockchain.
O relatório indica que habilidades em criptomoedas, ethereum, solidity e node.js são as mais procuradas entre os desenvolvedores blockchain.
Conforme avaliação da plataforma, as empresas que mais estão contratando profissionais de blockchain são a IBM, ConsenSys e Chainyard.
Os locais onde há mais vagas estão em São Francisco, Nova York e Atlanta, nos setores de tecnologia da informação e serviços, software de computador e internet, diz o site.
Uma curiosidade é que a Consensys, criada pelo cofundador do Ethereum, Joseph Lubin, que tem vaga divulgada na plataforma, anunciou recentemente a demissão de 13% de seus colaboradores, entre eles a equipe inteiro da América latina.
Quanto a isso, Guy Berger, economista-chefe do LinkedIn, observou no texto que “só o tempo dirá se o blockchain será uma tendência no mercado de trabalho”.
Função também é destaque no Indeed
De acordo com a Coindesk, o Indeed.com, site muito conhecido do setor de Recursos Humanos, divulgou um relatório que também mostrou que o interesse do empregador em funções relacionadas a blockchain e criptomoedas aumentou. Neste caso o crescimento foi de em 25,5% de outubro de 2017 a outubro de 2018.
Onda de demissões no Brasil e no mundo
Além da ConsenSys, cujo número de demissões por conta de “uma mudança estratégica mais ampla” pode chegar a mais de 150 dentre seus 1.200 funcionários, outras empresas do setor também já se prontificaram e diminuíram o pessoal.
No final de novembro, a Steemit, empresa responsável por seu famoso blog homônimo e que compensa seus colaboradores com a criptomoeda STEEM, reduziu sua equipe em 70% devido a uma “reorganização estrutural”.
De acordo com um comunicado do fundador e CEO da Steemit, Ned Scott, as mudanças são resultados da fraqueza do mercado de criptomoedas e que o retorno financeiro com o seu token nativo não está pagando os custos para manter colaboradores e serviços operacionais.
Em setembro, a exchange Kraken dispensou 57 funcionários de seu escritório no Canadá. A justificativa oficial foi que a corretora precisava reduzir custos e se alinhar com ritmo do crescimento da criptoeconomia.
Empresas de criptomoedas no Brasil
Em agosto, a corretora brasileira de criptomoedas Foxbit diminuiu a equipe de Tecnologia de Informação.
Um desenvolvedor pediu demissão e três foram demitidos — dentre eles, supostamente, estavam desenvolvedores que trabalhavam na criação da plataforma própria da empresa.
Em meio à crise, a corretora Mercado Bitcoin demitiu 20 funcionários em meados de outubro. A corretora confirmou a informação e disse, em nota, que “promoveu alterações em áreas de suporte (Marketing, RH e Administrativo), mantendo inalteradas as áreas fim da empresa (Tecnologia, Produtos e Atendimento ao Cliente)”.
O mais recente caso de demissões em exchanges no Brasil foi o da Huobi em meados de novembro.
A empresa demitiu seis de seus 10 funcionários depois de apenas cinco meses de operação. Conforme fontes ouvidas, os cargos gerenciais e operacionais foram os mais afetados.
“Foi uma ordem que veio da matriz”, disse uma das pessoas com quem a reportagem conversou na ocasião.
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