CPFL e Claro começam a vender energia solar compartilhada em SP, medida pode ajudar mineradores cripto
A operadora de telecomunicações Claro e a empresa de distribuição de energia CPFL estão comercializando soluções de energia solar compartilhada em cidades do Estado de São Paulo.
A operadora de telecomunicações Claro e a empresa de distribuição de energia CPFL estão comercializando soluções de energia solar compartilhada em cidades do Estado de São Paulo. A medida que reduz a conta de energia e portanto o custo médio por quilowatt-hora (kWh) pode beneficiar mineradores de criptomoedas nas regiões atendidas pelo serviço.
No caso da Claro a inciativa faz parte do projeto “Energia da Claro” e é executado em parceira com a RZK Energia. Recentemente as empresas inauguraram uma usina de energia solar com capacidade instalada de 6,3 MW de potência no município de Tanabi, no interior de São Paulo.
Juntas, as duas companhias já foram responsáveis pela entrega de outras quatro usinas fotovoltaicas, sendo duas no Distrito Federal e outras duas também no interior de São Paulo). O projeto também entregou duas usinas movidas a biogás (nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo) e uma hidrelétrica (em Mato Grosso).
Segundo a Claro, todas estas usinas totalizam capacidade instalada para a geração de 36 MW de energia proveniente de fontes 100% renováveis.
Já a CPFL está realizado sua ação por meio da CPFL Piratininga e criou uma divisão própria para o projeto chamada ‘ Juntos Energia’. A empresa já atua desde 2017 em Minas Gerais, interior de São Paulo e Pernambuco.
Energia solar compartilhada
A CPFL explica que o compartilhamento de energia foi possível por conta das resoluções normativas (ANEEL 482/2012 e 687/2015) e novas leis (14300/2022). As regras abriram a oportunidade para que empresas de tecnologia possam conectar fazendas solares e eólicas diretamente a residências ou empresas, utilizando a própria rede de distribuição das concessionárias existentes.
Desta forma os consumidores podem acessar os benefícios da energia solar sem necessidade de instalações de placas fotovoltaicas ou taxas de adesão.
“Tanto o consumidor residencial quanto o empresarial podem se beneficiar com a energia limpa por assinatura. Além de reduzir os impactos no meio ambiente e nas mudanças climáticas, nossa tecnologia promove uma redução na conta de luz todos os meses, sem necessidade de instalações de placas fotovoltaicas ou taxas de adesão”, explica o CEO da Juntos Energia, José Otávio Bustamante.
Bustamante destaca que na atual e primeira fase, a empresa está fazendo uma seleção de pré-cadastros de interessados em testar gratuitamente a plataforma em suas casas e negócios, auxiliando na implementação da tecnologia nos municípios atendidos pela CPFL Piratininga. Na segunda fase, a plataforma será disponibilizada para toda a população.
“De nosso lado, nós fazemos toda a gestão com a concessionária para que o consumidor receba uma conta de luz unificada, garantindo economia com um processo 100% digital, desde a contratação até o recebimento da fatura, sem burocracias”, ressalta o CEO da Juntos Energia.
O modelo de energia compartilhada se consolidou na Alemanha, tendo depois se espalhando pela Europa e Estados Unidos. As “comunidades solares” se baseavam em cooperativas ou consórcios de consumidores, que juntos viabilizavam a instalação de pequenas usinas, compartilhando da energia produzida, mesmo que distante do local de consumo.
A mudança regulatória que criou no Brasil a modalidade de geração remota, transformou-se em uma oportunidade para a energia por assinatura. É basicamente o conceito já conhecido da população para serviços como streamings ou operadoras de telefonia.
A empresa fornecedora injeta na rede a energia solar gerada e os créditos são abatidos da conta do consumidor, que fica livre da bandeira tarifária. Esse benefício é estabelecido pela Aneel para estimular a produção de energia limpa próximo aos locais de consumo. O modelo de geração de energia distribuída já corresponde a cerca de 4% de toda a matriz energética brasileira e deve avançar ano após ano.
Marketplace de energia com blockchain
Desde 2019 uma parceria entre a ANEEL, o CPQD e a Copel Distribuição criou um sistema de compra e venda de energia no Brasil usando a tecnologia blockchain. No ambiente virtual ocorre a comercialização direta de energia elétrica entre consumidores e prosumidores (que produzem sua própria energia), no ambiente de geração distribuída (GD).
O projeto é conduzido pela Copel Distribuição, concessionária de energia que atua principalmente no estado do Paraná, para o qual o CPQD desenvolveu uma solução baseada em blockchain destinada a viabilizar a implantação de um marketplace descentralizado para transações desse tipo.
O uso da tecnologia blockchain permitie a comercialização de energia elétrica no marketplace de forma segura, rápida e sem intermediários, entre consumidores e prosumidores (residenciais, comerciais, industriais, etc.) que não se conhecem.
“Trata-se de uma nova relação comercial que tecnologias disruptivas como o Blockchain tornam possível. Nesse caso, os prosumidores passam a dispor de opções economicamente mais atrativas para remunerar o excedente de energia injetada no sistema de distribuição, o que tende a impulsionar a expansão da GD”, explicou no lançamento do projeto Frank Toshioka, gerente do projeto por parte da Copel Distribuição.
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