Corretora de criptomoedas admite que pode reter Monero por tempo indeterminado

A exchange de criptomoedas Changelly, com sede em Praga, na República Checa, admitiu que pode reter Monero (XRM) dos seus usuários ao ‘bater boca’ no Reddit com um suposto cliente que reclamava da postura tomada pela plataforma ao relatar que eles retém transferências classificadas como atividade de alto risco.

“Não use a Changelly, eles roubam o Monero!”, disse o usuário ‘datawizard1’ na noite desta segunda-feira (03). “Vocês não precisam acreditar em mim, tire suas conclusões“, disse ele, mostrando um link que dá acesso à conversa com a exchange.

Agora os investidores e entusiastas do Monero, uma das poucas criptomoedas que são focadas em privacidade, têm reclamado de estarem sendo perfilados por outras corretoras após a repercussão do assunto.

Um suposto porta-voz da Changelly, o usuário ‘changelly_com’ confirmou que a empresa pode, de fato, reter transações suspeitas e ‘segurar’ os fundos até que os usuários forneçam mais informações.

“Nosso sistema de gerenciamento de riscos pode suspender algumas transações suspeitas e o departamento de segurança está trabalhando com afinco para processar essas operações em tempo mínimo. Quando um cliente se recusa a fornecer os dados necessários, não podemos simplesmente devolver as moedas, pois não gostaríamos de operar e transferir moedas que possam ser potencialmente roubadas ou levantadas por fraude”.

Foi a partir daí que ‘datawizard1’ afirmou com toda certeza que a Changelly possuía a habilidade de “roubar” criptomoedas dos clientes.

O usuário havia usado a rede social apenas para desabafar, pois ele tinha usado a Changelly para trocar algumas criptomoedas por Monero.

Sua frustração veio quando a transação foi automaticamente classificada como de alto risco. Os fundos foram, então, imediatamente colocados em quarentena até que a conta tenha sido liberada, provavelmente após alguma análise em seus dados pessoais.

“Monero é uma criptomoeda que oculta o remetente e o destinatário, tornando as transações impossíveis de serem rastreadas. Este é um motivo pelo qual grandes quantias de outras moedas podem ser verificadas antes de serem convertidas em XMR”, diz um trecho do texto da Changelly.

Aos traders, o representante da exchange frisou que não havia nenhum preconceito e que as medidas eram estritamente comerciais e nada pessoal.

“Nós não temos desconfiança e preconceito em relação aos usuários que negociam XMR. O assunto está relacionado a um procedimento de verificação de identidade (KYC) que tivemos que implementar devido ao aumento do número de casos de lavagem de dinheiro através do nosso serviço”, ressaltou o porta-voz na rede.

Ele esclareceu, também, que após essas verificações, os clientes passam a fazer parte de uma lista de verificados para que o KYC não ocorra novamente.

Procurada pelo The Next Web, a Changelly ainda não esclareceu como as contas são selecionadas para verificações adicionais, porém, disseram que quando uma conta falha na verificação o saldo é retido por um determinado tempo, mas esse período de tempo não foi revelado, notou o site.

Criptomoedas focadas em privacidade, como Monero, Zcash, Dash, são vistas, principalmente pelo olhar dos reguladores, como uma forma lavar dinheiro, por isso a pressão em cima delas será sempre maior.

A Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) pressionou as bolsas de criptomoedas licenciadas a descartar o suporte a essas moedas ‘privadas’. E isso surtiu algum efeito, pois várias plataformas as retiraram de suas plataformas.


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