Vacinação contra o Coronavírus no Brasil será registrada em blockchain pelo Ministério da Saúde
Brasil será o primeiro país do mundo a registrar a vacinação de seus cidadãos contra o coronavírus usando a tecnologia blockchain
A vacinação em massa da população contra o coronavírus no Brasil será toda feita usando blockchain, segundo anunciou o Ministério da Saúde.
Assim, de acordo com Elmo Raposo Oliveira, Coordenador de Desenvolvimento de Sistemas – DATASUS no Ministério Da Saúde, quando o cidadão tomar a vacina contra o coronavírus este dado será registrado dentro da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), aplicação em blockchain, construída com o Hyperledger Fabric.
“Então a vacina do Covid-19 já estará dentro da nossa estrutura da RNDS. Assim, quando você tomar a vacina já vai bater aqui na RNDS e já vamos saber quem tomou”, declarou.
No entanto, o registro em blockchain ocorrerá após a vacinação, desta forma, a cadeia de produção e distribuição da vacina não terá seu registro usando a tecnologia.
No Brasil, segundo declarou o Presidente Jair Bolsonaro, a vacinação contra o coronavírus será realizada com a chamada “Vacina de Oxford” como ficou conhecida a vacina que vem sendo testada no país e que foi elaborada pelo om o laboratório AstraZeneca junto com a universidade de Oxford.
No entanto, além desta vacina o governo estuda uma parceria com a China para a distribuição da CoronaVac, vacina do laboratório chines, Sinovac e que além de ser testada no Brasil vem sendo produzida pelo Instituto Butantã em São Paulo.
Blockchain é tudo que a gente precisa
Durante o “Webinário Blockchain e o Setor Público no Brasil” promovido pela Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), Elmo destacou que blockchain é tudo que o Ministério da Saúde precisa.
“O Brasil gera cerca de 5 bilhões de informações clínicas por ano em mais de 150 mil estabelecimentos de saúde e em mais de 5 mil hospitais. Toda esta estrutura a gente não conhece, a gente não troca estas informações. Estas informações não interagem, ficam cada uma em seu lugar. Hoje fica todo mundo isolado. Você vai no hospital fica aquela sua informação no hospital. Você vai na clinica suas informações ficam na clínica. Então você não tem uma rede com estas informações”, destacou.
Assim, este teria sido o principal motivo para a criação da RNDS que pretende reunir todos estes dados em uma rede permissionada usando blockchain.
“O objetivo da RNDS promover a troca de informação entre os pontos da Rede de Atenção à Saúde, permitindo a continuidade no cuidado nos setores público e privado”, disse.
Coronavírus
Desta forma segundo Elmo, assim que um cidadão for atendido em um hospital ou em uma clínica as informações são registradas na RNDS com blockchain e, quando ele vai para outro estabelecimento de saúde, esta informação acompanha o cidadão e não fica mais parada.
“Precisamos melhorar o atendimento ao cidadão, o cidadão precisa se empoderar da informação e os estabelecimentos de saúde precisam disso também e para isso precisamos de interoperabilidade e o blockchain é por natureza confiável, distribuído e rastreável, então é tudo que a gente precisa”, afirmou.
Elmo destacou ainda que o RNDS reunirá um conjunto de informações que estão sendo trabalhadas como: resumo de atendimento, sumário de alta, imunização, medicamentos dispensados, exames realizados.
Porém atualmente nem todos os módulos estão operacionais, mas, no caso dos exames do coronavírus, todos são registrados no sistema baseado em blockchain.
“O primeiro teste tem sido feito com os exames de Covid. Todos os laboratórios que realizam este exame no Brasil estão conectados com a RNDS e registram os resultados do exame na rede”, revelou.
Blockchain
A Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), é uma rede de informações em nuvem interestaduais, com objetivo de compartilhar dados através de uma blockchain e foi anunciada oficialmente em novembro do ano passado.
“Com a RNDS e essa troca de informações, é possível evitar fraudes e não repetir exames, por exemplo. Atualmente, gasta-se muito dinheiro com exames, que, às vezes, o paciente nem vai buscar. Além disso, há um processo de atendimento rápido. Então, há muitas informações para o médico tomar decisão sobre o cuidado do paciente”, explicou Henrique Nixon, Coordenador Geral de Sistemas de Informação e Operação do Ministério da Saúde.
No entanto o RNDS usa um conjunto de tecnologias e não apenas blockchain. Confira como o sistema funciona segundo o Ministério da Saúde.
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