Coritiba segue Cruzeiro e Vasco com token que lucra com venda de jogadores
Em parceria firmada com a startup Liqi, o Coritiba Foot Ball Club se tornou o mais novo time de futebol do Brasil a entrar no mercado de tokenização.
O primeiro projeto da parceria será a criação de um token digital para que os torcedores possam investir no clube. Esse ativo estará ligado ao Mecanismo de Solidariedade da FIFA, regra que recompensa os clubes que formam atletas em suas categorias de base.
Dessa forma, toda vez que um jogador formado na base do time da capital paranaense for vendido, parte do dinheiro destinado ao Coritiba será distribuído aos detentores do token.
O Coritiba quer modernizar suas atividades e criar novas oportunidades de investimentos ao utilizar a tecnologia desenvolvida pela Liqi, startup brasileira especializada em tokenização na blockchain.
Até o momento, não foram divulgados a data de lançamento do token, seu preço unitário e quais atletas serão representados pelo ativo. No entanto, a Liqi afirma que ele estará disponível para os torcedores do clube nas próximas semanas.
O CEO e fundador da Liqi, Daniel Coquieri, afirmou que os tokens digitais podem ser uma grande oportunidade para os times brasileiros conseguirem novas receitas e se aproximarem dos seus torcedores.
“Estamos começando a escrever uma importante história ao lado dos clubes do Brasil. Permitir que grandes times possam se reinventar, aliar novas formas de gerar receita e, ao mesmo tempo, aproximar os torcedores e entusiastas do time, é muito gratificante. Nós não vamos parar, muito pelo contrário! Estamos acelerando por aqui e já temos em nosso radar outros três times que devem assinar o contrato com a Liqi em breve”.
Tokens geram receitas para clubes
Segundo a ESPN, a dívida dos 20 clubes mais endividados do Brasil saltou de R$ 8,7 bilhões em 2020 para mais de R$ 10 bilhões neste ano. Um dos motivos foi o isolamento social causado pela pandemia, que impossibilitou que os clubes contassem com as receitas da venda de ingressos.
Nesse sentido, o presidente do Coritiba, Juarez Moraes e Silva, destacou que a criação e venda dos tokens faz parte das novas estratégias que a equipe tem tomado para conseguir novas receitas e que podem, no futuro, alavancar o status do clube.
O Coritiba não é o primeiro time do país a buscar alternativas neste mercado. O Vasco e o Cruzeiro já lançaram ativos semelhantes, também atrelados ao Mecanismo de Solidariedade. O Santos, por sua vez, busca lançar o seu ainda em 2021.
Enquanto o token do Cruzeiro já rendeu cerca de R$ 1, 5 milhão para os cofres do clube, o do Vasco já repassou R$ 800 mil aos detentores. Este dinheiro vem dos lucros que o clube carioca obteve quando Philippe Coutinho foi vendido do Liverpool para o Barcelona.
Já outros clubes, como o Corinthians e o Atlético MG, optaram por caminho diferente. Eles firmaram uma parceria com a Chiliz (CHZ) para a criação de fan tokens. Apesar de não estarem atreladas ao Mecanismo de Solidariedade, esses ativos trazem outros atrativos para seus detentores.
A venda do token do Corinthians ultrapassou R$ 8 milhões em no dia de seu lançamento, com boa parte desta receita sendo destinada ao clube paulista.
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