Consumo de energia do Bitcoin cai junto de lucros de mineração

A mineração de Bitcoin não está mais consumindo tanta energia quanto antes, de acordo com um relatório do Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index, que mostra um declínio de 25% desde o início deste mês.

De acordo com o índice, o consumo atual de energia do Bitcoin é de 10,65 gigawatts, valor significativamente menor do que os 14,34 gigawatts vistos em 6 de junho. Isso significa que seu consumo anualizado é de 93,33 terawatts-hora, colocando-o abaixo de países como Argentina e Noruega em consumo de energia.

No auge, a rede do BTC precisava de 16,09 GW de energia. A queda no consumo de seu recorde de 150 terawatts-hora em maio provavelmente se deve à queda na taxa de hash da mineração.

A taxa de hash do Bitcoin define o poder de computação necessário para criar um bloco na rede da criptomoeda. Ela caiu para 199,225 exahash por segundo (EH/s) nas últimas duas semanas. Isso ocorreu depois que a dificuldade de mineração atingiu um recorde de 231.428 EH/s em 13 de junho, caindo 14% desde então.

O índice estima o consumo de energia usando um limite de lucratividade de “diferentes tipos de equipamentos de mineração como ponto de partida”.

Com o preço do Bitcoin caindo para menos de US$ 20.000 este mês, alguns mineradores também ficaram offline, pois a mineração se mostrou menos lucrativa. Isso explica a queda consecutiva no consumo e na taxa de hash.

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Mineradores estão vendendo Bitcoin

Além disso, a queda no preço do Bitcoin deixou vários mineradores em dificuldades enquanto lutam para sustentar suas operações. Um relatório recente de pesquisa da Arcane mostra que os mineradores que possuem suas negociações públicas venderam todas as suas moedas obtidas em maio.

Isso geralmente vai contra a estratégia da maioria dos mineradores, que é manter suas unidades de BTC para obter melhores condições de mercado. Mas com a lucratividade em queda livre e muitos mineradores lutando para gerar um fluxo de caixa positivo, vender as moedas ganhas se tornou necessário.

De acordo com o relatório, muitos mineradores venderam Bitcoin para cobrir despesas operacionais e pagar dívidas. Uma delas é a Bitfarms, que decidiu vender 3.000 BTC por US$ 63 milhões para melhorar sua liquidez corporativa.

O consumo de energia da mineração de Bitcoin tem sido uma das principais críticas feitas por pessoas de fora desta indústria, alegando que o ativo e demais criptomoedas seriam algo prejudicial para o meio ambiente. Mas uma pesquisa recente de Michel Khazzaka revela que o setor bancário tradicional usa 56% mais energia do que o mercado cripto.

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