Conheça os ETFs de criptoativos disponíveis no Brasil e no mundo

O mercado de criptoativos é um dos que mais cresceu nos últimos anos, impressionando com ganhos acima da média e inovação acelerada a partir da tecnologia blockchain. No entanto, investir nesse mercado pode parecer um pouco complicado no início. Pensando nisso, os ETFs podem representar uma forma fácil e descomplicada para não ficar de fora de um mercado promissor.

Também conhecidos como fundos de índice, os ETFs são negociados em bolsas de valores e replicam determinados índices do mercado. Ou seja, você pode fazer apenas um investimento em um ETF e ter seu dinheiro alocado em diversos ativos sob a gestão de especialistas no mercado.

O primeiro ETF de criptoativos foi aprovado em setembro de 2020 e lançado em Bermudas, na Bolsa de Valores de Bermudas (BSX). Seu lançamento foi um marco para esta nova forma de investir em criptoativos, despertando o interesse de grandes nomes do mercado financeiro, como S&P Global e CBOE. Não demorou muito para outros países seguissem o exemplo. Visto como um modelo para o mundo todo, o Canadá conta com sete ETFs de criptoativos e até mesmo um para os investidores que queiram investir contra o bitcoin: o BITI.

No Brasil, o exemplo do Canadá foi seguido à risca. Em questão de poucos meses, cinco ETFs de criptoativos foram aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e listados na B3. São eles: HASH11, QBTC11, BITH11, QETH11 e ETHE11. Com eles, é possível ter exposição ao bitcoin e ether, as duas principais criptomoedas do mundo, e litecoin, chainlink, bitcoin cash, uniswap, filecoin e stellar lumens. Foram os primeiros da América Latina e saíram na frente até mesmo dos Estados Unidos, que aprovou o modelo de investimento em criptoativos apenas em outubro.

Desde 2013, diversas tentativas de conseguir a aprovação de um ETF de bitcoin nos EUA foram realizadas, inclusive por parte de grandes nomes do mercado cripto como os gêmeos Winklevoss, fundadores da corretora de criptomoedas Gemini. Entretanto, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) recusou todas as solicitações até 15 de outubro de 2021, quando aprovou o BITO, ETF de futuros de bitcoin da ProShares.

O feito abriu as portas para outros três ETFs, que compartilham da mesma característica: seguem os preços de contratos futuros de bitcoin. Diferentemente de Bermudas, Canadá e Brasil, a entidade reguladora norte-americana ainda não aprovou nenhum ETF do mercado à vista de bitcoin ou qualquer outra criptomoeda. Ainda assim, o estreante BITO movimentou 1,4 bilhão de reais apenas em seus primeiros 30 minutos, sinalizando um forte apetite dos investidores para essa modalidade de investimento.

Além disso, uma forma indireta de obter exposição às criptomoedas é disponibilizada a partir dos ETFs que investem em ações de empresas do mundo cripto ou que possuem grande parte de seu patrimônio em criptomoedas, como a MicroStrategy, por exemplo, que já conta com 121.044 unidades de bitcoin como parte de sua estratégia de tesouraria, e grandes corretoras de criptomoedas como a Coinbase. França e Austrália, que ainda não possuem ETFs de exposição direta aos criptoativos, contam com fundos como estes.

Independente da forma, cada vez mais países no mundo buscam regular o investimento em criptoativos, sendo os ETFs uma das formas mais práticas e seguras de fazê-lo. O Brasil pode ser considerado um dos vanguardistas com seus cinco ETFs enquanto países como os Estados Unidos surpreendem no conservadorismo, mas o apetite do investidor por criptomoedas como o bitcoin fica evidente com o sucesso do investimento, que no Brasil representa 34% dos investimentos em cotas de todos os ETFs disponíveis.

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