Comunidade autônoma da Espanha é a primeira do país a adotar blockchain na administração pública
A comunidade autônoma de Aragão, situada no nordeste da Espanha, será a primeira no país a aplicar a tecnologia blockchain em sua administração pública, de acordo com a agência de notícias Europa Press.
Aragão é uma das 17 comunidades autônomas da Espanha, criadas com o objetivo de garantir uma autonomia qualificada para diferentes nacionalidades e regiões do país, como também é o caso da comunidade da Catalunha.
Fernando Gimeno, conselheiro de Finanças e Administração Pública no governo de Aragão, assinou um contrato com o Alastria – um ecossistema de blockchain com mais de 274 entidades, incluindo empresas e instituições que criam ferramentas baseadas em blockchain em linha com as regras legais tanto da Espanha quanto da União Europeia. Como resultado da parceria, Aragão se tornará a primeira comunidade autônoma espanhola a fornecer serviços baseados em blockchain a nível estadual.
Gimeno chamou o contrato de “transformador”, afirmando que o mundo “perceberá repentina e fortemente” o poder da tecnologia blockchain no futuro. Ele também ressaltou que blockchain é “o futuro da tecnologia” e algo “fundamental” para a administração pública.
Vantagens
De acordo com o contrato, o governo aragonês poderá instalar seu próprio nó na rede da Alastria, beneficiando-se dos protocolos de monitoramento e resiliência criados pela associação e também dos serviços de experimentação, investigação e formação da rede.
O contrato também prevê mais seis rodadas de atividades programadas para o próximo trimestre, as quais incluem a formação de equipes de trabalho para identificar novos casos de uso da tecnologia na administração da comunidade.
O conselheiro aragonês acredita que a blockchain vai melhorar a transparência e a eficiência da administração, o que por sua vez atrairá negócios e investimentos. Ele acrescentou ainda que os funcionários da administração regional já estão sendo treinados para trabalhar com a tecnologia, a fim de se familiarizar com o seu “enorme potencial”.
Exemplo que se espalha
A comunidade vizinha, Catalunha, também manifestou interesse em ferramentas baseadas em blockchain para sua administração pública ainda em junho desse ano. O Departamento de Políticas Digitais da comunidade planejava desenvolver uma estratégia para incorporar a blockchain até o final de dezembro de 2018.
Em todo o mundo, cada vez mais governos buscam entender e aplicar de alguma forma o uso da blockchain em seus processos. O Reino Unido tornou-se um pólo recente de estudo de tecnologias distribuídas (DLTs) para usos governamentais. Até no Brasil essa discussão já foi levantada por candidatos à presidência, com o candidato do partido Novo João Amoedo que defende a criação de um governo digital no país.
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Fonte: Criptomoedas Fácil