Computador de 1989 é testado em mineração de Bitcoin, mas primeiro US$ 1 demoraria 584 milhões de anos

Software foi desenvolvido pelo arquiteto Dmitrii Eliuseev para rodar em MS-DOS de um laptop Toshiba T3200SX fabricado há 32 anos

Uma publicação de um blog do final de 2021 chamou a atenção da comunidade cripto nos últimos dias. Trata-se de um software de mineração de Bitcoin (BTC) criado pelo arquiteto Dmitrii Eliuseev para rodar em MS-DOS.

Isso porque o computador em questão é um Toshiba 3200X, fabricado em 1989 e que utiliza um processador Intel 386SX. O equipamento, veloz naquela época, chegou ao mercado por US$ 6.299, o equivalente a US$ 13.896 na correção para o valor atual, segundo publicação do Tech Radar.

Ao ressaltar a inviabilidade prática de uma eventual mineração com o PC de 32 anos de idade, Dmitrii  justificou que o poder computacional da máquina é praticamente insignificante para a descoberta dos “hashs” combinados com transações anteriores, na cadeia de bytes que configuram a ideia da blockchain (cadeia de blocos). Em relação ao segundo componente de dificuldade da mineração, ele acrescentou:

 

Cada nova transação em um blockchain deve ter um hash duplo SHA256 que corresponda a uma condição específica de “dificuldade”. E este é, na verdade, o “ingrediente secreto” de todas as operações do Bitcoin – para cada transação, os mineradores devem encontrar um valor adequado (chamado “nonce”), que torna o hash menor que um valor específico, determinado pelo sistema. Este processo pode exigir milhões de tentativas.

 

O programa de Dmitrii , em linguagem C++, aparentemente rodou no PC. Entretanto a velocidade de cálculo é de 15 hashes duplos por segundo (H/s). O que na prática levaria 584 milhões de anos para render o primeiro US$ 1 em mineração.

Segundo o Tech Radar, os mineradores ASIC mais velozes do mercado produzem 110 terahashes por segundo (TH/s), quantidade 100 trilhões de vezes maior do que o Toshiba de 1989 usado pelo arquiteto. Sem contar que as fazendas de mineração usam centenas de ASICs, segundo a publicação do Tech Radar. 

Mas há que encontre uma agulha no palheiro. No último dia 12, um minerador com poder computacional relativamente baixo, de 126 TH/s, encontrou sozinho um bloco na blockchain do Bitcoin e faturou mais de US$ 260 mil. O minerador solo, mesmo com o pequeno poder de hashing, conseguiu vencer a corrida de blocos e receber a recompensa de 6,25 BTC.

 

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