Compra de Bitcoin na Argentina bate recordes
Desde antes da quarentena contra a Covid-19, uma crise financeira estava se aproximando de diferentes economias e muitos especialistas estavam de olho em como o Bitcoin iria reagir em meio a essa situação.
De acordo com dados da Argentina, aparentemente os defensores das criptomoedas estavam certos, com argentinos correndo para investir em Bitcoin em meio à desvalorização do peso.
Observar como economias que estão entrando em crise estão se comportando é uma métrica importante para qualquer pessoa que quer entender o futuro do setor financeiro global.
Como mostrado pelo Bitcoinist e de acordo com dados da LocalBitcoins, uma corretora peer-to-peer, é possível notar níveis recordes de peso entrando na criptoeconomia, principalmente no Bitcoin.
O Bitcoin está surgindo como uma esperança na Argentina
Dados do Arcane Research também mostram que o interesse pelo Bitcoin na Argentina vem crescendo constantemente, principalmente após o início da crise, em 2018.
Desde esse período, o volume de negociações na LocalBitcoins cresceu 1028% em pesos argentinos, 407% em Bitcoin e 139% em dólar.
De uns tempos para cá, o Bitcoin recebeu a nomenclatura de reserva de valor, sendo defendido como uma forma muito melhor de guardar “dinheiro”.
Isso colocou a criptomoeda em uma mesma classe que o ouro, com muita gente dizendo que o Bitcoin é o ouro digital. Os dados apresentados pela Arcane Research reforçam que muitos varejistas também estão vendo o BTC como uma reserva de valor muito melhor do que os bancos.
Com o número constante de pesos entrando na criptoeconomia, é possível notar que a confiança dos argentinos na moeda fiduciária caí enquanto a confiança no Bitcoin sobe.
No começo da crise, o governo restringiu a compra de dólares no país, o que pode ter sido um dos catalisadores para o aumento no volume de negociações com o Bitcoin por lá.
Incensurável, o BTC vem sendo adotado como uma reserva de valor
Em um determinado momento, o governo da Argentina chegou a tentar dificultar a compra do Bitcoin. No entanto, por definição, essa é uma criptomoeda totalmente descentralizada e que não pode ser censurada.
Através de corretoras peer-to-peer ou até mesmo por compra direta, os argentinos continuam comprando a moeda digital como um hedge contra a inflação.
Em meio à crise do Coronavírus esse é um comportamento que vem ganhando mais força em vários países. A Venezuela, que também passava por uma crise antes da Covid-19, também vem apostando nas criptomoedas, principalmente no Dash e no BTC.
Do outro lado do mundo, na Rússia, vemos que o volume de negociação de Bitcoins e saques em bancos mostra a mesma falta de confiança na moeda fiduciária.
Com uma das piores crises globais chegando em um futuro não tão distante, esse é um comportamento que pode ser repetido cada vez mais. Até mesmo o real, que está cada vez mais desvalorizado ante o dólar, pode passar por efeitos semelhantes.
Saiba mais em Compra de Bitcoin na Argentina bate recordes