Com fortuna de US$ 96 bilhões, CEO da Binance é o 11º mais rico do mundo
O crescimento do mercado de criptomoedas tem deixado muita gente rica nos últimos anos, mas alguns poucos foram além, chegando à casa dos bilhões em suas contas bancárias. O caso mais famoso é de Changpeng Zhao, CEO da corretora Binance, que tem uma fortuna estimada em 96 bilhões de dólares, o que faz dele o 11º homem mais rico do mundo.
O número, entretanto, pode ser ainda maior, já que o levantamento da Bloomberg sobre o patrimônio de “CZ”, como ele é conhecido, não considera as suas posses de criptoativos, que incluem, segundo a publicação, bitcoin e BNB, a criptomoeda criada pela corretora e que valorizou 1.300% em 2021.
Esta é a primeira vez que a lista “Bloomberg Billionaires Index” faz uma estimativa da fortuna de CZ, e o resultado o colocada como o homem mais rico da Ásia, à frente de Mukesh Ambani, indiano do ramo de energia. No ranking global, CZ fica pouco abaixo de nomes como Warren Buffett, oitavo colocado, com patrimônio estimado em 116 bilhões de dólares.
O sino-canadense, entretanto, ainda está distante do topo da lista, que tem Elon Musk na liderança (263 bilhões de dólares), seguido por Jeff Bezos (188 bilhões), Bernard Arnault (171 bilhões), Bill Gates (135 bilhões) e Mark Zuckerberg (124 bilhões).
CZ, que já foi atendente do McDonald’s no Canadá, para onde mudou quando seu pai foi exilado da China, criou a corretora em 2017, e ela cresceu consideravelmente nesses quase cinco anos, tornando-se a maior do setor no mundo, mas não sem passar por diversas polêmicas: foi banida da China, junto com toda a indústria cripto, e enfrentou problemas regulatórios e/ou legais em diversos países, como Itália, Singapura, Malásia, Reino Unido, Japão, Alemanha e nos Estados Unidos, entre outros.
Em 2020, segundo a Bloomberg, a Binance gerou quase 20 bilhões de dólares em receitas, quase o triplo do que especialistas de Wall Street esperam que apareça no balanço da Coinbase em relação à 2021. A Coinbase, listada em bolsa nos EUA, é avaliada em 50 bilhões de dólares. Recentemente, a Binance, que é a maior corretora do mundo por volume de negociação, movimentou 170 bilhões de dólares em um único dia. Num dia “fraco”, a plataforma movimenta 40 bilhões de dólares – quatro vezes mais do que há dois anos.
Com tanto dinheiro sendo movimentado, a geração de receitas da corretora com taxas e outros produtos e serviços é gigantesca, o que explica a enorme fortuna de CZ. Além disso, o mercado cripto viveu um forte movimento de alta desde meados de 2020, fazendo com que o valor da maioria dos ativos se multiplicasse. Ao mesmo tempo, a fortuna dos bilionários do mundo cripto também é volátil. Com a queda recente no preço do bitcoin e outras criptomoedas, isso tem reflexo imediato no patrimônio dos líderes do setor.
Além de CZ, a Bloomberg também estimou a fortuna de outros nomes conhecidos do mercado cripto, mas nenhuma suficiente para ocupar o topo da lista de mais ricos do mundo. Logo atrás do executivo da Binance, aparecem Satoshi Nakamoto, o criador anônimo do bitcoin, mas o levantamento toma como base a carteira com 1,1 milhão de bitcoins, avaliados em 45 bilhões de dólares, que muitos acreditam ter sido criada apenas para evitar ataques à rede Bitcoin em seus primeiros anos de existência.
Depois, está Sam Bankman-Fried, CEO da corretora FTX, uma das principais concorrentes da Binance, com fortuna estimada em 15,4 bilhões de dólares. Em quarto entre os mais ricos do universo cripto vem Brian Armstrong, fundador e CEO da Coinbase (8,9 bilhões de dólares), seguido por Cameron Winklevoss (5,3 bilhões) e Tyler Winklevoss (5,1 bilhões), irmãos fundadores da corretora Gemini; Mike Novogratz, da Galaxy Digital (5 bilhões) e Fred Ehrsam, cofundador da Coinbase e da Paradigm (3 bilhões).
No final do ano passado, CZ contou ser “financeiramente livre” e disse que não precisa de muito dinheiro, podendo “manter seu estilo de vida desta forma”. Na mesma conversa, afirmou que quer doar até 99% do seu patrimônio: “Pretendo doar a maior parte da minha fortuna, como muitos empresários ou fundadores ricos fizeram desde Rockefeller até hoje. Tenho a intenção de doar 90%, 95% ou 99% de minha riqueza”, afirmou, na época.
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