Com exames, associação brasileira venderá certificado profissional em criptomoedas e blockchain

A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) está lançando sua certificação profissional em criptoeconomia (CPC), a qual promete contribuir “para o aumento da qualificação dos profissionais” do mercado de criptomoedas. A prova para obter o documento custará entre R$ 200 e R$ 650.

Segundo informações no site da ABCripto, o objetivo dessa certificação é de “estabelecer e governar padrões mínimos para credenciar profissionais especializados em Criptoativos”, além de “informar ao público que indivíduos credenciados atendem ou excedem os padrões mínimos”.

Esta é a primeira de uma série que serão criadas pela ABCripto. O plano de ação da CPC foi lançado em 28 de agosto, e consta no site que esse documento passou por audiência pública até o dia 14 deste mês.

Segundo o documento, trata-se de uma certificação de nível básico e o certificado “ficará gravado em Blockchain pela ABCripto e será disponível ao candidato uma versão para imprimir”.

O plano de ação, contudo, não deixa claro por quanto tempo vale a certificação. Segundo o documento, a certificação deve ser renovada de três em três anos. Já no capítulo de “termos e condições” fala-se em 2 anos de validade:

“A validade da certificação é de dois (2) anos e é responsabilidade de cada aprovado renovar sua certificação a cada dois (2) anos. Para fins de renovação, o candidato deve completar satisfatoriamente um exame atual preparado e administrado pela ABCripto […]”.

Teste de criptomoedas

A certificação é concedida mediante a aprovação num exame pelo qual o candidato terá de provar que possui “uma compreensão de conceitos de Bitcoin e criptoativos, Economia, mercado, além de descrever o procedimento de negociação e a maneira pela qual a criptomoeda é comprada e vendida”.

O fato é que existem duas formas de se submeter a prova que é constituída por 50 questões. O candidato pode escolher entre fazer a prova online em local definido pelo próprio candidato (CPC101e) ou, ainda, pode fazer nos locais habilitados pela ABCripto (CPC101).

Em ambos os casos, a prova terá duração de 60 minutos e ocorrerá num ambiente computadorizado em data e horário a ser escolhido pelo candidato.

Não há qualquer pré-requisito para o candidato fazer a prova. A aprovação do candidato, entretanto, somente ocorre mediante 70% de acertos, ou seja, a pessoa tem de acertar 35 das 50 questões.

A diferença entre fazer a prova num local a escolha do candidato via online e fazer no local definido pela Associação está no valor. Quem escolher a primeira opção vai pagar R$200. Já a segunda opção custa mais caro: R$650.

A prova vai abordar os seis tópicos: “ética e conduta profissional”; “criptografia básica e conceitos introdutórios a criptoativos”; “princípios e conceitos básicos de economia e finanças”; “Blockchain”; “Bitcoin Core”; e “Criptoativos”.

A prova será dividida da seguinte maneira. Os dois primeiros tópicos citados comporão cada um 10% da prova. Já os outros quatro temas são na sua totalidade 80% do exame, ou seja, cada um desses últimos compõe 20% do total das questões.

Promessa

Segundo a ABCripto, a certificação é indicada a qualquer profissional que gostaria de se diferir no mercado e assim indica, por meio de seu plano de ação, o seu selo aos mais variados tipos de pessoas indo de engenheiros de software à estudantes.

As promessas é de que essa certificação traga aos interessados os mais variados benefícios entre elas a prova de “suas habilidades de compreensão em criptoativos”; que essas pessoas possam assegurar que possuem “conhecimento mínimo desejado pelo mercado nos temas tratados no exame”; além de poderem implementar esse conhecimento na sua vida prática “em qualquer projeto Criptoativos”.

“Neste programa, você terá uma visão mais abrangente sobre a negociação com Criptoativos”. Essa frase trazida no plano de ação é reforçada pela afirmação de que a CPC foi “inspirada em certificações internacionais como Certified Bitcoin Professional (“CBP”), específicas do segmento de criptomoedas e também certificações tradicionais no mercado financeiro, como as certificações elaboradas pela Anbima.”

Procedimentos

Uma questão que não ficou muito bem explicada é como será ministrada a preparação para essa prova e quem dará esse curso. A ABCripto deixa claro que “a certificação não inclui o curso preparatório”. O problema é que no plano de ação da CPC, existe um tópico que trata sobre quem dará o treinamento, mas não há nome de instituição alguma nesse item.

O plano de ação traz os pontos sobre cada tema que será cobrado no exame, como é feito em qualquer edital de concurso. Mas, assim como um edital, o plano de ação serve apenas como guia e ficaria muito complicado para o candidato ter de se preparar por sua própria conta.


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