Coinbase bloqueará contas de clientes da Rússia após sanções da UE
A Coinbase notificou alguns clientes da Rússia que suas contas serão bloqueadas o final deste maio. A imprensa russa informou que diversas exchanges de criptomoedas estão fazendo o mesmo e solicitando aos clientes russos que retirem seus fundos, a menos que provem não serem afetados pelas sanções.
O diretor jurídico da Coinbase, Paul Grewal, publicou uma thread no Twitter, no início de maio, notificando os clientes russos afetados pelas sanções que a exchange não poderia mais fornecer serviços a eles e orientando-os a buscarem auxílio para retirada de seus fundos.
Segundo a Coinpedia, o portal de notícias de negócios RBC teria dito que alguns clientes da Coinbase na Rússia receberam cartas informando sobre o bloqueio de suas contas até 31 de maio. A menos que provem que não estão sujeitos a sanções os clientes precisam retirar seus fundos:
“Até 31 de maio de 2022, você deve retirar todos os fundos de sua conta ou nos fornecer documentos especiais que comprovem não se enquadrar nessas sanções.”
Após o prazo estipulado, os fundos podem ser congelados e os ativos transferidos, causando o bloqueio das contas, conforme citado pela publicação.
Grewal garantiu ainda que a exchange continua com os mesmos serviços para os outros clientes russos não afetados pelas sanções da UE.
Exchanges aderem às sanções
As sanções contra a Rússia têm se intensificado, por causa do conflito contra a Ucrânia, na tentativa de frear a investida ao país vizinho.
No mês de março, o governo japonês solicitou às exchanges que cooperassem com as sanções impostas à Rússia e não processassem transações em criptomoedas originadas daquele país. Já em abril, a Binance limitou os serviços a cidadãos russos e empresas com criptoativos acima de US$10.500. No final do mesmo mês, a exchange encerrou contas vinculadas a membros do governo russo.
O movimento da Coinbase ocorre na esteira de decisões aplicadas anteriormente por outras exchanges e logo após uma nova rodada de penalidades ser aprovada pelos estados membros que integram a União Europeia. Nessa rodada foram proibidos os serviços em criptoativos de “alto valor” para entidades e residentes russos.
Ainda em abril, o Cofundador da rede Ethereum, Vitalik Buterin, nascido na Rússia, utilizou suas redes sociais para criticar as sanções impostas contra o povo russo.
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