Cofundador do Ethereum não acredita que criptomoedas vão substituir moedas de governos
Para Vitalik Buterin, as moedas fiduciárias (FIAT) continuarão sendo a forma mais usada pela população global para se realizar transações financeiras.
Durante sua participação na conferência VivaTech, realizada em Paris na última quinta-feira (16), o cofundador do Ethereum comentou sobre o cenário econômico atual, envolto cada vez mais em grandes incertezas e receios de uma recessão mundial.
Para muitos analistas e economistas, as políticas monetárias adotadas pelas principais economias do mundo nos últimos anos irão ocasionar grandes crises de inflação, com as moedas FIAT perdendo grande parte do seu valor de compra. Atualmente, os Estados Unidos já têm lidado com sua maior inflação dos últimos 40 anos.
Nesse sentido, cada vez mais indivíduos podem migrar para o uso de ativos descentralizados e fora do alcance de políticas governamentais, como é o caso do Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). Entretanto, o russo-canadense parece cético sobre isso. Um cenário onde as criptomoedas superem as moedas de governos e “dominem o mundo” parece pouco provável, segundo o desenvolvedor.
O cofundador do Ethereum ainda destacou que a política monetária como um todo é um assunto complicado, e por causa disso, não se pode afirmar que as moedas de governos irão colapsar sem antes entender os seus papéis em nossa sociedade.
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Criptomoedas podem superar as moedas FIAT?
Apesar dos sinais de inflação e da crescente adoção dos últimos anos, não há sinais de que as criptomoedas irão superar as moedas fiduciárias no curto prazo. Isso se deve especialmente pela alta volatilidade no preço desses ativos, além do fato do mercado cripto estar seguindo outros mercados e sofrendo fortes quedas neste período de crise.
No entanto, muitos indivíduos influentes nesta indústria não descartam completamente essa possibilidade. Nesta lista, pode-se colocar o CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, e o cofundador do Twitter e CEO da Block, Jack Dorsey.
De acordo com um estudo da gestora de investimentos VanEck, tanto o Bitcoin quanto o ouro podem se beneficiar num eventual colapso do dinheiro FIAT. Enquanto a criptomoeda pode chegar a atingir entre US$ 1,3 milhão a US$ 4,8 milhões caso se torne a moeda mais usada do mundo, a onça do ouro poderia ser precificada em US$ 31.000. No fechamento da matéria, o BTC era negociado em US$ 19.200, enquanto a onça do metal precioso estava abaixo de US$ 2.000.
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