Cidade no RS vira refém após hackers invadirem sistema e pedirem resgate em bitcoin
O sistema de informática da Prefeitura de Candiota (RS) foi invadido por hackers no último final de semana, travando vários serviços online. Após a ação, percebida somente na segunda (12), os cibercriminosos deixaram uma mensagem que pedia um resgate em bitcoin.
Procurada pela reportagem, a assessoria do município informou que foi montada uma força-tarefa para restabelecer o sistema cuja previsão de normalização é para o dia 19.
“A gente está colocando todos os dados no sistema. Nós perdemos todos os dados do dia 1º ao dia 10”, disse ao Portal do Bitcoin o assessor de comunicação da prefeitura, Marcio Vieira.
O valor em bitcoin pedido como resgate pelos invasores não pode ser informado, mas, segundo ele, todas as informações constam no boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil.
Como se trata de um crime virtual, o caso irá para as mãos da Polícia Federal.
Parte do sistema invadido por hackers restabelecido
Ainda de acordo com a assessoria, um dos serviços online prestados à população já foi restabelecido. O sistema de emissão de nota fiscal eletrônica voltou ao normal graças a um backup feito antes da invasão.
Em reportagem ao Bom Dia Rio Grande na quinta-feira (15), o secretário de Administração e Finanças de Candiota, Alexandre Vedooto, disse que os hackers deram 24 horas para o pagamento do resgate.
“É uma estratégia criminosa que vem afetando as cidades gaúchas”, comentou o apresentador.
Outras invasões
Contudo, esse tipo de crime cibernético já ocorreu em vários estados brasileiros tanto em órgãos públicos quanto privados.
Dentre eles podemos citar o porto de Fortaleza (CE), a Câmara Municipal de Palmas (TO), uma loja de produtos para bebês em Campo Grande, uma empresa de contabilidade em Boa Vista e um hospital em Pirajuí (SP).
O caso mais recente havia acontecido no Rio de Janeiro em junho deste ano quando hackers criptografaram o sistema da companhia de energia Light, que atende cerca de 4 milhões de pessoas no estado.
Na ocasião, os cibercriminosos pediram um resgate de US$ 7 milhões em Monero (XMR), uma criptomoeda cuja transação é muito difícil de ser rastreada — ao contrário do bitcoin cuja rede é pública.
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