CHZ, MATIC e XRP estão entre as ‘queridinhas’ dos brasileiros, apontam dados da Receita Federal

Desconsiderando as stablecoins, Bitcoin e Ethereum dominam o volume negociado no último trimestre de 2022

Na segunda-feira (6), a Receita Federal divulgou dados atualizados sobre as negociações com criptomoedas feitas no último trimestre de 2022. Sem considerar as stablecoins, Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) lideram a lista. Chiliz (CHZ), XRP (XRP) e Polygon (MATIC) também foram muito negociadas pelos brasileiros entre outubro e dezembro de 2022.

Além disso, entre os criptoativos com volume milionário no período, estão dois tokens de projetos brasileiros: MCO2 e WBX. 

As favoritas

As movimentações com BTC totalizaram R$ 3,19 bilhões no último trimestre de 2022. A quantia é superior ao triplo do volume de ETH negociado no mesmo período, que somou R$ 875,4 milhões. 

O Chiliz, token da empresa responsável pela emissão de diversos fan tokens de clubes brasileiros de futebol, é o terceiro criptoativo com o maior volume movimentado no fim de 2022. A diferença, porém, é muito maior: foram R$ 135,9 milhões, quase sete vezes menos que o ETH. De qualquer forma, é surpreendente que um ativo fora dos 20 maiores em valor de mercado tenha mais relevância que projetos maiores, como XRP e MATIC.

A XRP, criptomoeda emitida pela Ripple, movimentou R$ 105,2 milhões no último trimestre do ano passado. Enquanto isso, o volume total negociado do token MATIC foi de R$ 77,9 milhões. Outros criptoativos que estão entre os dez mais negociados no período são: Dogecoin (DOGE), Solana (SOL), Litecoin (LTC), Cardano (ADA) e Chainlink (LINK).

Outros criptoativos com grandes valores de mercado e que também movimentaram quantias milionárias foram Binance Coin (BNB) e Uniswap (UNI)

Por pouco menos de R$ 2 milhões em volume, um projeto brasileiro não figura entre os dez mais negociados: o token WBX, da Wibix.

Volumes milionários

O token WBX foi responsável por movimentar R$ 30,4 milhões no quarto trimestre de 2022, sendo o 11º da lista em termos de volume. Apesar de ter exibido um volume muito menor, outro projeto se destacou, que é o token MCO2, da Moss.

Cada token MCO2 representa a compensação de tonelada de CO2 emitido, e atua como crédito de carbono tokenizado. Entre outubro e dezembro do ano passado, brasileiros negociaram R$ 2,6 milhões do token.

Apesar de não terem movimentados volumes milionários no mercado secundário, os tokens de precatório do MB Tokens merecem menção na lista. Com volume total de R$ 178,2 mil, os tokens MBPRK02, MBPRK03 e MBPRK04 superaram as negociações com criptoativos como OKB e Bitcoin SV (BSV).

USDT lidera com folga

A liderança em volume no Brasil durante o último trimestre de 2022, e não só do segmento de stablecoins, é do USDT. Foram R$ 26,2 bilhões movimentados através da stablecoin emitida pela Tether. 

Vale ressaltar que o USDT lidera o volume com folga em relação à sua maior concorrente, o USD Coin (USDC). No mesmo período, o USDC movimentou R$ 1,2 bilhão no Brasil, mas não ficou com a segunda colocação entre as stablecoins em termos de volume. Esse espaço foi ocupado pelo BRZ, que totalizou R$ 1,3 bilhão em negociações.

O Binance USD (BUSD), terceira maior stablecoin em valor de mercado global, teve um volume relativamente pequeno entre outubro e dezembro de 2022. As negociações usando BUSD somaram R$ 83,3 milhões no período mencionado. 

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