ChatGPT-4: OpenAI apresenta mudanças em nova versão de seu aplicativo de linguagem
Nova versão pode gerar até 25 mil palavras de texto e possui interface para aplicativo de startup dinamarquesa voltado a auxiliar pessoas cegas ou com baixa visão.
Na última terça-feira (14), a empresa de inteligência artificial OpenAI lançou a mais nova versão de seu modelo de linguagem natural, o ChatGPT-4, versão que promete revolucionar a forma como as pessoas interagem com chatbots e assistentes virtuais, entre outras ferramentas. A nova versão é paga e custa US$ 20 por mês, cerca de R$ 106 pela cotação do dólar americano, além de eventuais impostos.
Announcing GPT-4, a large multimodal model, with our best-ever results on capabilities and alignment: https://t.co/TwLFssyALF pic.twitter.com/lYWwPjZbSg
— OpenAI (@OpenAI) March 14, 2023
Uma das principais melhorias do ChatGPT-4 é sua capacidade de gerar textos mais longos e coerentes, de até 25 mil palavras em 26 idiomas. O que significa que o modelo é capaz de entender o contexto de uma conversa e produzir respostas mais elaboradas e precisas, aumentado a sensação de interação com um ser humano.
Segundo a startup apoiada pela Microsoft, o ChatGPT-4 é capaz de aprender com o uso, o que significa que ele se adapta às preferências e necessidades do usuário ao longo do tempo. Em outras palavras, o chatbot se torna personalizado à pessoa usuária, de acordo com a frequência de uso, o que tende a aumentar o graus de eficiência.
A OpenAI acrescentou que o ChatGPT-4 é mais seguro e alinhado, como “82% menos probabilidade de responder a solicitações de conteúdo proibido e 40% mais chances de produzir respostas factuais do que o GPT-3.5 em nossas avaliações internas.”
Outra novidade do ChatGPT-4 é sua capacidade de interpretar emoções. O modelo é capaz de reconhecer expressões faciais e linguagem corporal, o que significa que ele pode adaptar suas respostas de acordo com o estado emocional do usuário. Funcionalidade que pode ser útil em contextos como atendimento ao cliente e suporte psicológico.
“Incorporamos mais feedback humano, incluindo feedback enviado por usuários do ChatGPT, para melhorar o comportamento do GPT-4. Também trabalhamos com mais de 50 especialistas para feedback inicial em domínios, incluindo segurança e proteção de IA. Aplicamos as lições do uso no mundo real de nossos modelos anteriores no sistema de pesquisa e monitoramento de segurança do GPT-4. Como o ChatGPT, atualizaremos e melhoraremos o GPT-4 em uma cadência regular à medida que mais pessoas o usarem”, informou a OpenAI em comunicado.
O ChatGPT-4, que segundo a OpenAI foi aprovado entre os 10% melhores participantes do “Bar Exam”, prova dos EUA que equivale à que é aplicada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o exercício da advocacia, também possibilita a interface com outros aplicativos. Um deles é o “Be My Eyes” (Seja Meus Olhos), startup dinamarquesa que conecta pessoas cegas ou com baixa visão a voluntários para ajudar em centenas de tarefas da vida diária, como identificar um produto ou navegar em um aeroporto.
Nesse caso, a Be My Eyes começou a desenvolver a ferramenta Virtual Volunteer, alimentada pelo GPT-4 dentro do aplicativo Be My Eyes, que pode gerar o mesmo nível de contexto e compreensão de um voluntário humano.
Segundo a OpenAI, a utilização do GP-4 no Be My Eyes apresenta outras possibilidades, por exemplo o reconhecimento de nomeação dos ingredientes dentro de uma geladeira e sugestão de receitas utilizando esses ingredientes.
“No curto espaço de tempo que tivemos acesso, vimos um desempenho inigualável para qualquer ferramenta de reconhecimento de objeto de imagem para texto existente. As implicações para a acessibilidade global são profundas. Em um futuro não tão distante, a comunidade de cegos e com baixa visão utilizará essas ferramentas não apenas para uma série de necessidades de interpretação visual, mas também para ter um maior grau de independência em suas vidas”, avalia o CEO da Be My Eyes. Michael Buckley.
O Lançamento do ChatGPT-4 também impulsionou a alta de 30% de criptomoedas ligadas a projetos de inteligência artificial, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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