Bancos Centrais de todo o mundo estão acompanhando o Drex do Brasil, revela diretor do BC
Internacionalmente, o Piloto Drex vem sendo acompanhado por outros bancos centrais, órgãos multilaterais e empresas internacionais, revela Banco Central
O chefe do Departamento de Operações Bancárias e do Sistema de Pagamentos do Banco Central (Deban) e coordenador do Fórum Drex, Rogério Lucca, destacou que o Drex, moeda digital que o BC pretende lançar em 2024, está despertando interesse em todo o mundo.
“Internacionalmente, o Piloto Drex vem sendo acompanhado por outros bancos centrais, órgãos multilaterais e empresas internacionais com a perspectiva de que seu desenvolvimento aborde questões centrais para o desenvolvimento da indústria”.
As declarações de Lucca ocorreram durante o último Fórum Drex, realizado pelo BC. No evento, o coordenador da Iniciativa, Fabio Araujo, revelou que, dos dezesseis consórcios selecionados para participar do piloto, treze já se encontram operando nós da rede, e onze já estão realizando transações em um ambiente simulado de transferência de reservas bancárias, de depósitos tokenizados e de compra e venda de títulos públicos federais.
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“O andamento está muito bom, faltam três nós, que devem ser levantados nas próximas semanas. A integração dos participantes está sendo feita de maneira adequada e dentro do cronograma”, considerou. Ele também revelou que a primeira geração de smart contract (que permite a automação de transações financeiras) do Drex está praticamente concluída.
Sobre os próximos passos, Araujo avalia que ainda há várias questões que precisam ser tratadas.
“É um projeto inovador, com características de pesquisa e desenvolvimento. Há desafios naturais. Vamos, até maio de 2024, testar soluções de privacidade. Teremos uma avaliação do Piloto Drex em junho e, a partir daí, vamos abrir o debate sobre quais serão os passos posteriores. Até lá, a segurança e a privacidade da rede devem estar bem definidas”, disse.
Drex vai beneficiar investimentos no Brasil
Em outro evento, Roberto Campos Neto, presidente do BC, destacou que o modelo brasileiro de CBDC é superior ao de outros países e que o Brasil já conta com uma ‘moeda digital’ que é o PIX, sendo assim, o Drex será a moeda digital de atacado e seu foco é habilitar uma economia tokenizada no país.
“É uma moeda que o formato é muito diferente do que eu vejo por aí, porque entendemos que o principal desafio de fazer a moeda digital era não desintermediar os bancos”.
Segundo Campos Neto, este modelo vai permitir aos participantes do mercado oferecerem novos serviços finaneiros no país por meio da tokenização e com isso haverá redução nos custos e novos produtos e serviços para a população.
“Isso gera modernização na parte de riscos, asset management, funding, gestão de colateral, então tem uma externalidade positiva muito grande dos bancos passarem a fazer isso”, disse.
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