Celular blockchain fracassa, criptomoeda desvaloriza e empresa demite parte da equipe

A Sirin Labs demitiu 15 dos 60 colaboradores da equipe que criou o Finney, seu smartphone baseado na tecnologia blockchain lançado no final do ano passado.

De acordo com o Israeli Business Daily Globes, as vendas do Finney não corresponderam às expectativas da empresa e que o aparelho não obteve uma procura desejada.

“O mercado global não está no melhor estado”, disse a Sirin Labs.

O aparelho havia sido anunciado pela primeira vez em julho de 2018 com a promessa de ser vendido por, no máximo, US$ 1 mil, pouco menos de R$ 4 mil.

O Finney foi anunciado como dispositivo móvel ultrasseguro de última geração com uma carteira embutida para armazenamento a frio.

A empresa enaltecia o fato de o Finney ser o primeiro aparelho ‘movido a blockchain’ do mundo. Inclusive o jogador de  futebol Leonel Messi foi contratado como garoto-propaganda do produto.

No entanto, nem o craque do futebol mundial e nem as diversas lojas físicas exclusivas para a venda do Finney ajudaram a empresa a alcançar as metas planejadas.

Salários atrasados

A reportagem cita que houve rumores de atraso nos salários da equipe da Sirin Labs. A empresa negou, afirmando que todos funcionários haviam sido pagos.

A Sirin Labs é administrada por Moshe Hogeg, responsável também pelo fundo de investimento Singulariteam, uma instituição de capital de risco fundada junto com o bilionário do Cazaquistão, Kenges Rakishev.

Desde que foi fundada, a Sirin Labs recebeu investimento total de US$ 255 milhões (US$ 157 milhões somente com uma Oferta Inicial de Moedas em 2017).

Foi a partir da ICO que a empresa levantou capital para fabricar o Finney vendendo o aparelho antecipadamente.

Uma criptomoeda própria, então, foi criada, a Sirin Labs Token (SRN), que perdeu quase todo seu valor em um ano, passando de cerca de US$ 3,50 (R$ 14,00) para US$ 0,03, hoje cerca de R$ 0,13.

Porém, houve uma falha em relação ao preço do produto. O valor do Finney não estava atrelado ao token. Portanto, aqueles que compraram na venda simbólica ficaram à mercê do preço atual.

Assim, para comprar o celular da Sirin Labs era preciso usar muitas vezes mais unidades da criptomoeda nativa para obter o novo aparelho.


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