Carrefour no Brasil expande uso de blockchain e agora laranjas e tangerinas são rastreadas com a tecnologia do Bitcoin
O Carrefour anunciou que está expandindo seu sistema de rastreabilidade de produtos com blockchain e vai incluir frutas citrícas, como lanranja pêra, laranja bahia, laranja lima e tangerinas da linha “Sabor & Qualidade”
O Carrefour anunciou que está expandindo seu sistema de rastreabilidade de produtos com blockchain e vai incluir frutas citrícas, como lanranja pêra, laranja bahia, laranja lima e tangerinas da linha “Sabor & Qualidade”.
Desta forma, a gigante mundial de hipermercados, vai ampliar os produtos comercializados em suas lojas por meio do uso da tecnologia que deu vida ao Bitcoin.
Desde 2018 o Carrefour vem rastreando os produtos comercializados em sua rede de lojas com blockchain por meio da adesão a rede Food Trust da IBM.
A IBM Food Trust foi anunciada pela primeira vez em 2016 como uma solução blockchain que conectaria diferentes partes da indústria de alimentos. Durante o período experimental, que teve início em agosto de 2017, a empresa fez parceria com a Nestlé SA, Dole Food Co., de Driscoll Inc., Golden State Foods, Kroger Co., McCormick and Co., McLane Co., Tyson Foods Inc. e Unilever NV.
No caso do Carrefour os primeiros produtos rastreados com a tecnologia foram frangos caipiras com a marca “Sabor & Qualidade”, depois o serviço foi expandido para incluir produtos de nutrição infantil da Nestlé e também cafés importados.
Blockchain
O Carrefour destaca que o blockchain é uma tecnologia-chave para as redes de suprimento, pois proporciona maior transparência e permite que os clientes revisem todo o processo de distribuição.
No caso das rastreabilidade das frutas, além do percurso do alimento, são disponibilizadas informações sobre a safra, manejo da cultura, colheita, processamento no packing house e logística de distribuição.
Desta forma por meio de um QR Code os consumidores poderão ter acesso a todas as informações da cadeia de produção. O serviço estará disponível em cerca de 72 lojas do Estado de São Paulo.
“Por enquanto, não temos previsão para expansão nacional”, revelou ao Globo Rural, Lucio Vicente, head de sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil.
Vicente destacou que as frutas cítricas foram escolhidos para a implementação de blockchain por ser uma das cadeias de maior volume da linha Sabor & Qualidade. São comercializadas 280 toneladas de cítricos desta marca anualmente, que não inclui variedades de limão.
“Todos os fornecedores Carrefour precisam ter rastreabilidade de sua cadeia produtiva, participar do nosso programa de monitoramento de resíduos de agrotóxicos e atender ao padrão de qualidade especificado em ficha técnica. Além disso, todos os que atendem à marca Sabor e Qualidade devem atender aos critérios de responsabilidade social e sustentabilidade do Grupo”, ele esclarece.
Tudo em blockchain
Em 2019, durante a Rio Blockchain Conference, evento dedicado à tecnologia blockchain a Gerente de Segurança Alimentar e Qualidade no Brasil da rede francesa de hipermercados Carrefour, Julia Carlini, revelou que a gigante francesa pretende rastrear todos os produtos da marca própria do Carrefour, Sabor & Qualidade, através de redes blockchain.
“Nosso compromisso número um é com a rastreabilidade. A blockchain traz a segurança das informações. No mundo a gente tem 22 cadeias, em vários países, usando tecnologia blockchain. […] A gente fez uma pesquisa com os consumidores pra entender quais as maiores preocupações deles, e viu que a maior preocupação era com relação à qualidade, o trajeto do alimento até as gôndolas, e a gente conseguiu desenvolver uma plataforma Hyperledger de blockchain.”
Ela completou ainda dizendo que até 2022 a empresa pretende “subir” todos os produtos da marca Sabor & Qualidade para a blockchain.
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