CAPES financia projeto de telemedicina que usa tecnologia blockchain no combate ao novo coronavírus

Plataforma desenvolvida pela Unisinos permite integração de dados de pacientes e hospitais que atuam na linha de frente contra a COVID-19.

Além de sua importante atuação no mercado de criptomoedas, a tecnologia blockchain está sendo utilizada como uma ferramenta para gerenciar um banco de dados sobre a disseminação do novo coronavírus no Brasil.

Financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o projeto foi apresentado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e pretende “padronizar os dados clínicos de pacientes contaminados pela COVID-19”.

Dessa forma, além da segurança de dados propiciada pela tecnologia blockchain, o projeto de telemedicina permitirá uma integração de informações sobre a pandemia, através de um banco de dados que interliga hospitais que atuam no combate à doença.

Telemedicina utiliza tecnologia blockchain

O  Laboratório de Inovação do Software da Unisinos desenvolveu uma plataforma que utiliza a tecnologia blockchain para permitir a integração de dados sobre a atuação do novo coronavírus no país.

Através da tecnologia desenvolvida, o prontuário de pacientes com COVID-19 em hospitais credenciados ao sistema pode ser facilmente acessado por profissionais de saúde.

Além disso, o projeto consiste em uma padronização de dados recolhidos de milhares de pacientes atingidos pelo novo coronavírus. De acordo com a Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (ABRUC), até então o sistema deverá ser desenvolvido em hospitais do estado do Rio Grande do Sul – RS.

“Com este modelo, o prontuário dos pacientes poderá ser acessado instantaneamente por qualquer um dos estabelecimentos hospitalares, de forma segura.”

Sistema de informações

O projeto de telemedicina que utiliza a tecnologia blockchain para gerenciar informações sobre o novo coronavírus criará um sistema de informações padronizado.

Ou seja, com a plataforma desenvolvida pela Unisinos, os dados sobre os pacientes devem obedecer um padrão compatível entre os hospitais que fazem parte do sistema, segundo entrevista do coordenador do projeto, o professor da Unisinos, Cristiano André da Costa.

“Cada hospital é uma ilha. Tem seu sistema próprio de geração e armazenamento de dados, que é, normalmente, incompatível com o sistema de outros hospitais.”

Redução de custos

O uso da tecnologia blockchain em um sistema de gerenciamento de dados da saúde pode significar, além de segurança e transparência, uma redução de custos na área.

O professor da Unisinos Cristiano André da Costa, diz que o programa que usa a tecnologia blockchain é capaz de criar indicadores de qualidade, baseados no gerenciamento de dados de pacientes e hospitais que atuam no combate ao novo coronavírus.

“A integração dos dados de saúde do paciente permite reduzir custos, tornar o diagnóstico mais efetivo e gerar indicadores de qualidade.”

Leia Mais:

Você pode gostar...