Sistema de identificação digital canadense pode usar blockchain para proteger dados, diz executivo bancário

O chefe da Canadian Bankers Association sugeriu que a blockchain tem um caso de uso específico em estruturas bancárias abertas.

Um grupo bancário canadense apoia a ideia de usar a tecnologia blockchain como parte de um sistema de identificação digital para residentes, informou a agência de notícias nacional The Canadian Press através de vários meios de comunicação local em 15 de janeiro.

Falando durante uma apresentação no Economic Club of Canada, em Toronto, o executivo-chefe da Associação Bancária Canadense (CBA), Neil Parmenter, disse que é necessário que soluções indevidas formem a base dos procedimentos de identificação relacionados aos setores bancário e financeiro daqui para frente.

Os comentários chegam no momento que o Canadá observa as oportunidades oferecidas pelo chamado sistema bancário aberto, uma revisão do setor bancário que permitiria que empresas de terceiros, como startups fintech (tecnologia financeira), participassem e compartilhassem o acesso a dados de usuários.

O governo do país lançou uma consulta pública sobre o conceito na semana passada.

“A verificação instantânea de quem está usando vários pontos de referência digitais é mais segura do que depender de uma fotocópia de uma carteira de motorista”, disse Parmenter, observando:

“Como essa rede digital está conectada, mas descentralizada, o risco de comprometer o sistema é reduzido pela eliminação de ‘honeypots’ de dados que os hackers tendem a segmentar.”

A CBA esboçou originalmente planos de identificação digital em um livro branco oficial em maio do ano passado. O documento não fez referência específica à blockchain, mas elogiou os sistemas de identificação atualmente sendo implementados na Estônia e na Índia como instrutivos para os futuros preparativos do Canadá.

O esquema indiano, conhecido como Aadhaar, ainda assim atraiu críticas, inclusive de dentro dos círculos de criptomoedas.

O Canadá, enquanto isso, também pretende empregar blockchain a nível estatal em outras áreas, a mais recente das quais envolvendo formalidades alfandegárias nas fronteiras.

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