Camila Farani, do Shark Tank Brasil, negociou mas cancelou palestra que faria para Binary Bit

A empresária e apresentadora do Shark Tank Brasil, Camila Farani, se recusou a participar de uma palestra organizada por uma empresa de Bitcoin cujo negócio tem indícios de fraude, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A palestra ocorreu sem Farani no dia 17 de agosto na Arena da Fonte Nova, na Bahia.

Segundo a assessoria de Farani, sua participação foi cancelada “após constatado o distanciamento de valores para com a empresa e convenção”. A empresária recebeu o prêmio de Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards em 2016 e 2018.

Do outro lado está a empresa Binary Bit, que publicou no Instagram uma nota sobre o cancelamento da apresentação de Farani dois dias antes do evento, onde lamentou o cancelamento já que o contrato estava assinado. 

Contudo, a Binary Bit possivelmente está envolvida em um esquema de fraude de pirâmide financeira, segundo a CVM, após avaliar uma denúncia registrada em maio deste ano.

A autarquia também citou um agravante — o uso indevido do nome da CVM e de seu superintendente para dar credibilidade aos negócios da empresa.

Na terça-feira (20), a CVM publicou o seguinte:

“A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alerta o público em geral para o fato de que a Binary Bit (https://www.binarybit.co/ – link para site externo) está utilizando indevidamente os nomes da Autarquia e do seu Superintendente Geral, Alexandre Pinheiro dos Santos, com a finalidade de transmitir aparência de credibilidade para possível esquema de fraude, na modalidade de pirâmide”.

Informou também que já comunicou o Ministério Público sobre indícios de crime de ação penal pública. Sobre o uso indevido dos nomes, a CVM diz que o caso já é de conhecimento do Departamento de Polícia Federal.

E alertou:

“Caso receba proposta de investimento por parte da empresa acima referida ou de qualquer representante ou preposto seu, entre em contato com a CVM pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), preferencialmente fornecendo detalhes do contato e a identificação das pessoas envolvidas”.

Empresa de bitcoin se defende

Ricardo Toro, presidente da Binary Bit, negou que a empresa esteja irregular, segundo reportagem publicada pela Exame.

“Não são verdadeiras as afirmações de que nossa empresa opera como pirâmide, tendo em vista que todos os nossos associados estão com a satisfação plena em relação ao investimento feito”.

Segundo ele, o investidor pode sacar sua rentabilidade diariamente. Os rendimentos viriam através de operações com um software usado pela empresa, cujo acerto seria acima de 70%.

Desta forma, disse, o negócio se torna “diferente do que se encaixa em pirâmides ou qualquer esquema que proíbe o investidor de sacar seu capital e cobrar taxas abusivas”.

Binary Bit

A Binary Bit se apresenta com três formatos de negócio: Cursos à distância; Serviço de rentabilização realizado por traders; Plano de carreira por meio de Marketing de Relacionamento. “Aplique seu capital; Escolha um de nossos produtos”.

Sobre a rentabilidade, no site da plataforma há várias descrições: “ganhar dinheiro no piloto automático; Robô de Rentabilidade (1% a 3% ao dia); 10% de comissão por cada indicado; pagamento com com Bitcoin via Smartband”.

No entanto, no site oficial há o seguinte alerta: “Tenha em mente que investir envolve risco”.

Segundo informações de um site denominado independente, mas com o nome da empresa, a plataforma diz que tem sede em Sintra, em Lisboa, Portugal, e tem um escritório na capital de São Paulo, mas que tem suas principais atividades em Salvador (BA).


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