Caia na Folia, mas não caia em golpes: Febraban e ABBC dão dicas para o Carnaval 2024
Em uma economia cada vez mais digitalizada, os destaques dos alertas neste Carnaval são para cartões de débito, crédito e celulares. Já é possível bloquear o smartphone de forma rápida em caso de perda, furto ou roubo. Veja na reportagem.
Antes de sair de casa, ajuste e revise os limites do Pix e cartão para valores que for usar no feriado, baixe o app Celular Seguro e guarde bem seus pertences. Essas recomendações são da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para os foliões aproveitarem o carnaval sem surpresas desagradáveis.
A aglomeração de pessoas em blocos, trios elétricos e festas em locais públicos é uma oportunidade fácil para bandidos furtar celulares e aplicar o golpe da troca do cartão, conhecido como “golpe da maquininha”.
Durante a fraude, o criminoso disfarçado de vendedor fica de olho quando o cliente digita a senha e troca o cartão na hora de devolvê-lo. Assim com os dados de acesso e o cartão, o golpista pode comprar o que quiser de forma rápida em sites, por exemplo.
Não deixe os cartões soltos nos bolsos e nunca entregue o cartão para alguém inserir na maquininha e realizar o pagamento.
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Senha segura
Ao digitar a senha, garanta que não esteja visível para qualquer pessoa ao seu redor. Não registre ou salve em nenhuma hipótese, senhas de acesso a bancos, plataformas de pagamento, carteiras frias e exchanges cripto no smartphone levado para folia.
Isso vale para anotações em blocos de notas, e-mails, mensagens de Whatsapp ou em outros locais do celular. A recomendação é nunca utilizar a mesma senha de acesso ao banco em outros apps. E usar os mecanismos de proteção oferecidos pelas empresas de aparelho celular.
“O campo da senha deve mostrar apenas asteriscos. O cliente também não deve aceitar fazer pagamentos se o visor da maquininha estiver danificado. E é muito importante que a própria pessoa insira o cartão na maquininha, e confira se o cartão devolvido é realmente o seu”, alerta o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini.
Confira valores
Verificar o comprovante impresso da transação também é importante, outra opção é checar o valor da compra paga no app do banco.
“Isso vale também para as operações feitas via contactless (sem contato). No caso de pagamento via QR Code ou transferência, confira o valor e o destinatário do dinheiro”, reforça o executivo.
Outra prática comum é o roubo e furto de aparelhos quando a vítima está usando distraída em uma via pública. O criminoso consegue roubar e/ou furtar e ter acesso ao celular desbloqueado. A partir daí, procuram por senhas armazenadas em outros aplicativos e sites. O próximo passo é acessar bancos, plataformas e exchanges cripto.
Recentemente um leitor do BeInCrypto nos relatou exatamente o caso acima. Ele estava esperando um táxi e olhando no aplicativo, quando o golpista levou o seu celular. Resultado? Em apenas 40 min, o criminoso roubou cerca de R$ 70 mil em Bitcoin e R$ 11 mil em Ethereum.
O Brasil ainda não tem delegacias especializadas em crimes cripto para pessoas físicas. Existem algumas iniciativas de alguns delegados como Estevão de Castro, da Polícia Civil de São Paulo. Mas a recomendação é a prevenção e cautela sempre.
“A primeira orientação que sempre dou é ter dois celulares. É chato, sim, é chato e trabalhoso, mas é mais um mecanismo de segurança. Deixe todos os aplicativos de banco, corretoras, carteiras quentes em um celular que fique em casa ou no escritório”, explica Castro.
Biometria Facial
Além do bloqueio de tela inicial, já existem celulares que tem recursos como biometria facial e digital para acessar o aparelho.
Aplicativo Celular Seguro
Disponível na página eletrônica do governo federal, o App Celular Seguro BR permite que os cidadãos relatem de maneira eficaz e rápida incidentes de roubo e furto de celulares. O serviço é gratuito.
O celular bloqueado impede o acesso a aplicativos bancários e outros serviços.
Em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Febraban disse que trabalha para integração dos bancos na ferramenta Celular Seguro e impedir que criminosos façam uso de dados e informações pessoais nos smartphones.
“Independentemente do Carnaval, recomendamos que o cliente instale o aplicativo Celular Seguro, uma importante iniciativa, que permitirá que um celular perdido, furtado ou roubado seja bloqueado de maneira rápida”, afirma Volpini.
Segundo a Associação Brasileira de Bancos ABBC, o App do governo já viabilizou o bloqueio de mais de 18 mil dispositivos móveis.
Em um mês e meio de funcionamento, mais de 1 milhão de pessoas já se cadastraram na plataforma Celular Seguro (número atualizado até o dia 6 de fevereiro).
“Desde o lançamento, já foram realizados mais de 18 mil bloqueios (até 6 de fevereiro), a maioria por roubo ou furto.
O aplicativo envia a informação que o celular foi perdido para as empresas parceiras e, a partir disso, cada empresa fica encarregada de bloquear o seu app naquele determinado celular”, explica a ABBC.
O Banco Cooperativo Sicredi, associado da ABBC destacou que embora a plataforma seja relativamente nova, os resultados apresentados são bem satisfatórios e a médio-longo prazo tem potencial para ser uma importante arma contra o roubo e furto de celulares no Brasil.
A Febraban esclarece que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização.
Em caso de roubo, bloqueie, comunique imediatamente o seu banco e registre um boletim de ocorrência.
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