Transmissão de jogos de futebol no metaverso criará novas formas de interação entre times e torcedores, afirmam especialistas

A partida entre Milan e Fiorentina pelo campeonato italiano foi transmitida no metaverso, a partir de uma iniciativa conjunta da TIM e da empresa de produtos e soluções de infraestrutura para tecnologia blockchain Consensys.

Em 1º de maio, torcedores da África e do Oriente Médio puderam assistir a um jogo disputado em Milão, na Itália, entre Milan e Fiorentina, válido pela 35ª rodada do campeonato italiano de futebol, através de uma experiência imersiva na sala Série A no metaverso The Nemesis.

A primeira experiência no metaverso para os fãs do futebol em toda a região MENA, trazida a você pela Lega Serie A.
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Assista ao grande jogo @acmilan x @ACFFiorentinaEN, 1º de maio às 15h CEST no metaverso!

— Lega Serie A (@SerieA_EN)

A primeira transmissão de uma partida de futebol no metaverso abre novas possibilidades de engajamento entre os clubes e os seus fãs espalhados pelo mundo, através de recursos da Web3, afirmam especialistas.

O metaverso tem o potencial de adicionar recursos de gamificação, tão caros às novas gerações, à experiência passiva de assistir um jogo de futebol pela televisão, conforme declarou Guilherme Figueiredo, CEO da NSports, em reportagem do Estado de São Paulo:

“Sem dúvidas esse caminho da gamificação dos esportes tradicionais é sem volta. Para conseguirmos cativar o público jovem e envolvê-lo na transmissão, certamente será necessário fazer um formato mais próximo do que eles estão acostumados nos games.

Depois dos fan tokens, que permitem aos seus detentores uma participação mais ativa no dia a dia dos clubes do coração dos torcedores, mas ainda têm bastante a evoluir em termos práticos, o metaverso pode permitir que os torcedores interajam diretamente com os seus ídolos. Bem, talvez não exatamente com os maiores craques do futebol mundial em carne e osso, mas pelo menos com os seus avatares.

A primeira transmissão de uma partida de uma liga do primeiro escalão do futebol surgiu de uma iniciativa conjunta da Tim, gigante italiana das telecomunicações, e a Consensys, empresa criptonativa que fornece produtos e soluções de infraestrutura para a rede Ethereum (ETH).

A responsabilidade pela construção do ambiente virtual ficou à cargo da The Nemesis. A plataforma blockchain está baseada na Ethereum e reúne diversos metaversos e jogos, com grafismos acima da média, em opções free-to-play e play-to-earn. Além disso, a plataforma possui o seu próprio token nativo e um marketplace de NFTs.

Todos estes recursos da Web3 poderão ser incorporados à transmissão dos jogos no metaverso futuramente, criando novas formas de participação e engajamento de fãs e torcedores com seus times do coração. O desenvolvimento de novas tecnologias e experiências interativas foi acelerado nos últimos anos em função do longo período de isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus, afirmou Figueiredo.

Trata-se de uma tendência irreversível, segundo ele, utilizando como exemplo a mudança do foco e da marca do Facebook em direção ao desenvolvimento de produtos e plataformas para experiências virtuais:

“A pandemia só acelerou esta tendência de inserir os indivíduos no ambiente digital. O metaverso é um assunto muito promissor e deve consolidar esse conceito de fusão dos mundos real e virtual, já presente no ambiente dos games, mas que ganhou uma força ainda maior agora com o contexto do Facebook.”

Já Bruno Maia, executivo de inovação no esporte e CEO da Feel The Match, empresa que produz conteúdos esportivos para streaming, entende que há muitas possibilidades em jogo na futura relação entre o futebol e as novas tecnologias. O metaverso seria apenas uma delas, mas seu sucesso não é garantido.

Para Maia, este é um momento de experimentação de novas linguagens não apenas no ambiente esportivo, mas em diversas outras áreas, como saúde, educação, e, é claro, entretenimento de uma forma mais ampla, incluindo games, shows, audiovisual e uma gama variada de esportes:

“O futebol é mais uma delas, mas não é um fim em si. Isso quer dizer que devemos ver mais acontecimentos como este da Série A da Itália, porém ainda estamos longe de afirmar que isso seja um formato definido para onde o futebol esteja caminhando”.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, uma startup brasileira do setor imobiliário está criando um prédio no metaverso Decentraland (MANA) para oferecer aos seus clientes experiências de vida divididas entre as realidades física e virtual que poderá se tornar comum em um futuro próximo.

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