Brasileiros colocam NFT à venda por 99.999.999.999.999 ETH em ação social sobre crianças desaparecidas

A ONG Mães da Sé, acaba de lançar uma NFT com o maior valor aceito pela plataforma OpenSea: 99.999.999.999.999 de Ethereum

Com a ação #InfânciaDesaparecida, a ONG Mães da Sé, acaba de lançar uma NFT com o maior valor aceito pela plataforma OpenSea99.999.999.999.999 de Ethereum, correspondente, no valor atual a 201 quatrilhões de dólares, um valor impossível de ser pago.

“Uma quantia inestimável, como a vida de uma pessoa”, destaca a organização.

Embora o OpenSea permita que usuários, como a ONG Mães da Sé, coloquem seus NFTs pelo valor ele acaba sendo meramente ilustrativo pois é impossível pagar essa quantidade tendo em vista que o ETH tem, atualmente ‘apenas’ 120,905,691 ETH.

A ação da ONG portanto não tem como objetivo vender o NFT mas chamar atenção para a ONG Mães da Sé, que atua na busca de pessoas desaparecidas. A imagem em NFT é uma foto de Fabiana Esperidião da Silva, desaparecida desde 23/12/1995, em São Paulo. Fabiana é filha da fundadora da ONG, Ivanise Esperidião, que segue à sua procura.

 

Segundo a ONG, diariamente, 172 pessoas desaparecem no Brasil. São crianças, em sua maioria. Mesmo durante o período da pandemia, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, o Brasil registrou mais de 63 mil desaparecimentos. A estatística já chegou a um brasileiro desaparecido a cada 3 minutos.

No dia internacional da criança desaparecida (25 de maio), celebridades como Ana Maria BragaGloria PiresRenata Falzoni e Taís Araujo, entre outras, vão se unir à ONG Mães da Sé e divulgar em suas redes sociais a imagem do NFT que seria o “mais caro do mundo”, a foto de uma criança desaparecida.

Mães da Sé

Como o objetivo da ação é chamar atenção para a causa e o fato de uma vida não ter preço, na descrição da imagem é possível encontrar um link para efetuar doações diretas para a ONG – que, hoje, carece de estrutura para seguir com seu trabalho.

Com a pandemia, a ONG Mães da Sé enxugou sua estrutura e regrediu para a mesma equipe de 26 anos atrás, quando iniciou seus trabalhos: conta apenas sua fundadora. Até hoje, Ivanise está em busca de sua filha Fabiana e de tantas outras crianças desaparecidas.

“A gente nunca acredita que vai ser com alguém que conhecemos, com alguém da nossa família. Precisamos chamar atenção para um problema real, já imaginou a dor da incerteza de uma mãe que não sabe onde está sua filha?” – desabafa Ivanise Esperidião, fundadora da Mães da Sé.

A campanha #InfânciaDesaparecida foi criada por um coletivo de publicitários e jornalistas voluntários, que se reúnem anualmente para impactar organizações do terceiro setor que precisam de visibilidade, doações ou apenas disseminar suas mensagens.

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