Brasileiros gostam de perder dinheiro e têm mais de R$ 1 trilhão na Poupança que tem a pior rentabilidade como investimento
Os investidores brasileiros parecem gostar de perder dinheiro já que, segundo dados do Banco Central, divulgados nesta quinta, 06, os investidores nacionais tem mais de R$ 1 trilhão parado nas contas de Poupança
Os investidores brasileiros parecem gostar de perder dinheiro já que, segundo dados do Banco Central, divulgados nesta quinta, 06, os investidores nacionais tem mais de R$ 1 trilhão parado nas contas de Poupança.
De acordo com relatório do BC, somados, os saldos de todas as contas poupança do país alcançaram R$ 1,018 trilhão, considerando o rendimento de R$ 1,745 bilhão da caderneta em abril.
Ainda segundo o BC, somente em Abril, os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 3,840 bilhões. Em 2020, a poupança teve uma captação recorde. Os depósitos superaram os saques em R$ 166,3 bilhões, o maior valor da série histórica do BC, iniciada em 1995.
Contudo a Poupança esta longe de ser um investimento lucrativo, ainda mais com a nova taxa Selic aprovada pelo BC.
Poupança = perder dinheiro
Ainda nesta semana o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Selic 2,75% para 3,50% ao ano, confirmando as expectativas do mercado.
Assim, com a nova taxa de juros, a rentabilidade da caderneta de poupança passará a ser de 0,20% ao mês e 2,45% ao ano, segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Antes, o rendimento estava em 0,16% ao mês e de 1,93% ao ano.
Portanto, pela regra em vigor desde 2012, quando a Selic está abaixo de 8,5% a correção anual da caderneta de poupança é limitada a um percentual equivalente a 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR, que está em zero desde 2017).
“Depois de aproximadamente seis anos, o Copom decidiu pela alta da Selic, o que fez com que os juros básicos da economia brasileira subissem 0,75%. O mercado acreditava que fosse subir 0,5%, esse aumento ainda maior mostra uma preocupação do Copom com inflação, alta do dólar, situação fiscal brasileira e instabilidade política, além de outros fatores”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb.
Pascowitch aponta três fatores que motivaram a alta da Selic.
“O primeiro é a inflação, que está aumentando de forma ameaçadora. Então, o Banco Central e o Copom têm que fazer com que ela pare de subir. E o melhor instrumento do Bacen para isso é subir os juros. Subindo os juros, o crédito no Brasil fica mais caro, as taxas ficam mais altas e o consumo cai. Com o consumo em baixa, a inflação tende a cair também”.
Assim, uma aplicação de R$ 10 mil na poupança, renderia, num prazo de 12 meses, algo em torno de R$ 245 reais apenas, desta forma o rendimento da poupança perde para a inflação que estaria acima de 6% deixando a lucratividade da Poupança com -4,16%.
Especialista recomenta fundo
Diante deste cenário especialistas vem indicando direcionar o dinheiro da poupança para fundos multimercado.
“É hora de buscar rentabilidades maiores dentro do seu perfil como investidor e reequilibrar sua carteira para não ficar para trás. Ações, fundos multimercado, fundos de ações e fundos imobiliários podem ser interessantes no longo prazo”, sugere o especialista Paulo Cunha da IHUB Investimento.
Como noticiou o Cointelegraph os fundos brasileiros multimercado que investem em Bitcoin e criptomoedas estão entre entre os mais rentáveis do Brasil.
Assim, a valorização no preço do Bitcoin que levou o criptoativo a ser negociado acima de R$ 330 mil no Brasil também ajudou a impulsionar os fundos que tem exposição em criptomoedas no país.
Desta forma, segundo dados do portal Mais Retorno, fundos multimercado que tem Bitcoin na sua composição estão entre os que geraram maior rentabilidade no Brasil nos últimos doze meses.
Além disso, quando comparado com todas as aplicações financeiras do país, como ações, o fundo também figura entre as aplicações mais rentáveis do país.
Confira a rentabilidade dos fundos de investimento com exposição em criptoativos no Brasil
FUNDO | NO ANO | 3 MESES |
BTG PACTUAL BITCOIN 20 FIM | -2,25% | – |
HASHDEX 20 NASDAQ CRYPTO INDEX FIC FIM | 18,67% | 11,08% |
HASHDEX 40 NASDAQ CRYPTO INDEX FIC FIM | 37,99% | 22,09% |
HASHDEX 100 NASDAQ CRYPTO INDEX FIM IE | 102,23% | 56,98% |
HASHDEX BITCOIN FULL 100 FIC FIM IE | 74,30% | 43,96% |
HASHDEX BITCOIN I FIM IE | 74,43% | 44,37% |
HASHDEX CRIPTOATIVOS I FIM | 18,85% | 11,29% |
HASHDEX OURO BITCOIN RISK PARITY FIC FIM | 13,22% | 10,69% |
HASHDEX CRIPTOATIVOS II FIM | 38,13% | 22,27% |
BLP CRYPTO ASSETS FIM IE | 142,79% | 76,90% |
BLP CRIPTOATIVOS FIM | 20,92% | 12,93% |
QR BLOCKCHAIN ASSETS FIM IE | 82,73% | 39,37% |
QR BTC MAX FIM IE | 84,53% | 45,29% |
VITREO CRIPTOMOEDAS FIC FIM INVESTIMENTIMENTO EXTERIOR | 90,48% | 38,66% |
VITREO CRIPTO METALS BLEND FIC FIM | 10,35% | 6,53% |
VITREO CRIPTO DEFI FIC FIM IE | 1,90% | – |
VTR QR CRIPTO FIM IE | 91,78% | 39,09% |
VITREO BITCOIN DEFI FIM | 6,37% | – |
VITREO BITCOIN DEFI FIA | -1,62% | – |
BOHR ARBITRAGE CRIPTO FIM IE | 30,16% | 17,27% |
TITANIUM CRIPTO FIM IE | -0,46% | – |
CDI (Benchmark) | 0,71% | 0,53% |
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