Mulheres brasileiras investem mais na bolsa que em Bitcoin
Mulheres tem buscado investir mais na bolsa de valores do que comprando Bitcoin revelam dados
As mulheres brasileiras preferem investir na bolsa de valores do que no mercado de criptomoedas.
Assim, segundo dados da Receita Federal sobre operações com criptomoedas no Brasil no caso de operações acima de R$ 30 mil, apenas 11% dos grandes investidores de Bitcoin são mulheres no país.
A pesquisa da Receita Federal mostra que somente um a cada dez investidores de Bitcoin no mercado corresponde ao gênero feminino.
O relatório analisou oito meses de transações com criptomoedas no mercado e concluiu que as mulheres representam entre 10% e 12% dos grandes investidores.
Bolsa
Já um relatório da iHUB Investimentos revelou que as mulheres estão entre o público que mais tem crescido em termos percentuais, no que diz a respeito a investir na bolsa de valores.
Segundo os dados do levantamento, cerca de 77% dos investimentos se concentram na região sudeste, sendo 65% em São Paulo, 7% no Rio de Janeiro, 5% entre Minas Gerais e Espírito Santo. Outros 8% refletem no Nordeste, 7% na região Centro-oeste, 5% no território norte e 3% restantes no sul do país
Já entre as principais ações escolhidas pelas mulheres para investir foram: MGLU3,VVAR3, PETR4, BBAS3 e ITUB4.
“Muito provavelmente isso se deu porque absolutamente todos os fundos DI que continham algum tipo de crédito privado também sofreram nessa crise, quando deveriam ser considerados portos seguros. Tivemos fundos DI que perderam mais de 7% em um único mês. Nessa classe de aplicação, o investidor não aceita. Se é para correr um risco assim, que seja logo na bolsa onde a perspectiva de retorno é muito maior os atuais 2% a.a da taxa SELIC”, explica o profissional em investimentos e sócio fundador da iHUB, Paulo Cunha.
Mulheres na bolsa
Para Paulo Cunha, o avanço das mulheres na bolsa também retrata o interesse pelo assunto, a busca pelo conhecimento e o desejo de autonomia financeira.
“Historicamente mulheres apresentam menor disposição para entrar no mercado de ações. Seja por receio quanto a volatilidade ou mesmo por terem um perfil mais conservador. Dito isso, elas eram as que possuíam um maior espaço na carteira para aproveitar a queda que aconteceu e foram para cima”, explica Cunha.
Com acesso digital cada vez mais abrangente, os portais de notícias especializados, as redes sociais e um grande desenvolvimento das plataformas de investimento de arquitetura aberta também contribuíram para essa mudança de postura e atração de novos investidores para o mercado.
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