Startup brasileira planeja tokenizar R$ 100 milhões em RWA até 2024
CoinLivre anuncia ambiciosa meta para o último trimestre de 2023 envolvendo tokenização de RWA
A CoinLivre anunciou nesta semana o lançamento de seu marketplace para tokens baseados em ativos reais (RWA, na sigla em inglês). A meta da empresa é tokenizar, até o final de 2023, R$ 100 milhões em ativos. Executivos da CoinLivre afirmam que a startup pretende ser a ponte para a nova economia, beneficiando investidores e emissores dos tokens.
RWA em alta
De acordo com o anúncio de seu lançamento, a CoinLivre fornece infraestrutura para negócios ‘empresa para empresa’ (B2B) e ‘empresa para empresa para consumidor’ (B2B2C). As questões jurídicas são estruturadas através de contratos inteligentes, que emitem os tokens.
“Transformamos ativos reais em ativos digitais através da tecnologia blockchain. Aproximamos os investidores aos donos dos ativos, somos o meio, o marketplace que possibilita distribuir ativos fracionados digitalmente, os chamados tokens”, explica Giorgio Toniolo, fundador e CPO da CoinLivre.
Os ativos digitais disponíveis atualmente na plataforma estão ligados a projetos envolvendo crédito de carbono, recebíveis, estruturas de mobilidade urbana e energia limpa. A captação funciona como um procedimento padrão de crowdfunding: as ofertas ficam abertas por um período e, caso o valor total não seja arrecadado, os aportes são devolvidos aos investidores.
Fábio Matos, CEO da CoinLivre, avalia que a startup é uma conexão para a nova economia, capaz de beneficiar o emissor do token e o investidor.
“Para o dono do ativo tokenizado, esse processo possibilita captar recursos muito mais rápido e com custos muito menores comparado aos processos tradicionais, como bancos ou mercado de capitais, com maior liquidez gerando novas oportunidades de negócios”, conta Matos. “Além de possibilitar apoio financeiro a projetos com grande potencial e a expansão de novos negócios”, completa.
Para os investidores, as vantagens estão na possibilidade de diversificar o portfólio com ativos digitais, que Matos classifica como sendo de “alta performance, e com segurança jurídica e tecnológica”.
A CoinLivre ressalta, no entanto, que não faz a custódia dos ativos que comercializa. Os tokens adquiridos no marketplace vão diretamente para a carteira digital do investidor.
Além de oferecer os serviços para o varejo, a empresa também quer se aproximar de gestoras, family offices e fundos de capital de risco que buscam diversificar o portfólio.
A principal vantagem de comprar ativos tokenizados, aponta Giorgio Toniolo, é seu foco em descentralização. “Além disso, conta com total transparência, graças às informações na rede blockchain, e pode ser acessado por todos, incluindo quem não tem conta em banco ou corretora tradicional”, conclui.
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