Stablecoins brasileiras lastreadas em real crescem em adoção e buscam consolidação

Já existem stablecoins para todos os gostos, inclusive para os brasileiros

O mercado das stablecoins não para de crescer e vem ganhando espaço nas mesas de operações de grandes fundos de investimento, de traders e dos investidores que as mantêm em carteira com o intuito de dar estabilidade aos seus portfólios. Há stablecoins para todos os gostos, inclusive para brasileiros.

Entre as stablecoins mais populares, temos Tether (USDT), DAI e USDC sendo as stablecoins mais empregadas no mercado DeFi, inclusive no protocolo Compound e também as stablecoins mais emprestadas no Aave.

No entanto, o Tether ainda detém 80% do domínio sobre o mercado de stablecoins. De acordo com dados do Coingecko, a capitalização de mercado total do Tether aumentou de US$ 11 bilhões em 5 de agosto para mais de US$ 14,133 bilhões em 06 de setembro, um salto de 27%. O volume de negócios do USDT disparou cerca de 150% no mesmo período, de US$ 21,9 bilhões para mais de US$ 54 bilhões no mesmo período.

Os maiores mercados de Tether medidos pelo volume negociado são suportados por duas exchanges baseadas na Ásia, Binance e Huobi, de acordo com a CoinGecko. Ambas as exchanges suportam quase 200 criptomoedas diferentes, o que as torna plataformas atraentes para os negociantes de altcoins.

No Brasil, só há duas grandes exchanges que negociam stablecoins como Tether, DAI ou Pax, que são Mercado Bitcoin (PAX), BitPreço (Tether) e Bitcointrade (DAI).

As três concentram praticamente todas as transações com stablecoins no Brasil e vêm apresentando volumes consideráveis.

Stablecoins brasileiras

A stablecoin lastreada em reais BRZ é desenvolvida pela startup Transfero Swiss e segundo dados divulgados em maio é a stablecoin mais negociada no Brasil.

Segundo dados publicados pelo Cointelegraph em 01 de maio, foram negociados cerca de R$ 508.879.190,27 em BRZ entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020 e deixando o token, em número de negociações, acima da segunda principal criptomoeda do mercado global, o Ethereum.

Contudo a stablecoin mais negociada no Brasil é o USDT com R$ 4.004.202.285,72 em negociações no mesmo período. 

Outra stablecoin brasileira que desponta é a CryptoBRL (cBRL), negociada na Bitpreço e no Alterbank, uma fintech que prove uma conta digital e onde se é possível ter saldo em Bitcoin, comprar e vender a moeda, tudo dentro do mesmo app.

Em agosto, foram contabilizadas mais de 800 transações de cBRL contra cerca de 350 da BRZ, a segunda colocada no mês, com dados auferidos pelo EtherScan.

Imagem: Alterbank

O crescimento da cBRL pode também ser verificado no volume transacionado. Na blockchain Ethereum, observou-se um aumento de quase 11 vezes. Em julho, foram transacionados R$ 6,7 milhões equivalentes pela cBRL. No mês seguinte, o valor transacionado foi de R$ 71,1 milhões de reais equivalentes pela cBRL. A moeda mais transacionada em volume continua sendo a BRZ, com R$ 187,2 milhões no mês de agosto.


Imagem: Alterbank

No entanto, é possível que esses números se invertam a favor da cBRL em breve, devido ao fato desta ter sido listada na Uniswap, onde será negociada no par ETH/cBRL.

A Uniswap concentra o maior volume de negócios do mundo para uma exchange descentralizada (DEX), tendo negociado US$ 747 milhões nas últimas 24h e concentrando 47.3% das operações no setor, segundo dados da Coingecko.

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