CryptoPlayers transforma figurinhas em NFTs e quer conquistar brasileiros com Copa do Mundo no metaverso
Ao invés do bom e velho álbum de figurinhas, a plataforma brasileira CryptoPlayers permite que os usuários colecionem NFTs de jogadores de futebol do metaverso, participem de promoções exclusivas e possam até ganhar dinheiro negociando seus colecionáveis digitais.
O projeto brasileiro de NFTs CryptoPlayers quer revolucionar o mercado brasileiro de tokens não fungíveis ao transpor um velho hábito dos torcedores do mundo físico para o virtual através da tecnologia blockchain. As velhas figurinhas que mobilizaram diversas gerações de colecionadores estão sendo transformadas em ativos digitais no metaverso. Mais do que itens de colecionador, os craques certificados em NFTs dos CryptoPlayers vão permitir que seus detentores participem de promoções exclusivas e até mesmo possam ganhar dinheiro negociando seus colecionáveis digitais.
Em uma reportagem publicada pelo portal Terra nesta quarta-feira, 2, o CEO do CryptoPlayers, Diogo Ruiz, afirmou que o projeto pretende introduzir as potencialidades dos NFTs – e de sua tecnologia subjacente – para os torcedores brasileiros de uma forma lúdica, transformando a paixão pelo futebol em porta de entrada para o universo dos criptoativos.
Assim como no caso dos antigos álbuns de figurinha e dos “jogos de bafo”, a diversão está em primeiro lugar. A possibilidade de transformar NFTs em investimento financeiro é um objetivo secundário que deverá ser explorado em uma fase mais avançada do projeto:
“Não se fala em ‘investimento’. Pode, sim, ser que o projeto estoure. Mas não é esse o nosso discurso. Nosso discurso é o de se divertir. De usar a tecnologia, de aprender se divertindo. É democratizar um negócio que vai mudar a nossa vida, se já não mudou”. É mais que um jogo ou um investimento. É a oportunidade de entrar em um mundo desconhecido, promissor, de uma maneira lúdica e com potencial de render bons frutos.”
A princípio, os NFTs dos CryptoPlayers’ possuem características únicas como as velhas figurinhas. Os antigos colecionadores lembram como eram disputadas as chamadas “figurinhas difíceis”, que muitas vezes estampavam os maiores craques do Brasil e do mundo. Este conceito de “exclusividade” pode ser explorado de formas mais elaboradas através da tecnologia dos tokens não fungíveis e é isso que o CryptoPlayer se propõe a fazer através de batalhas travadas no metaverso.
Por exemplo, os cards de cada jogador possuem atributos como habilidade, raridade e quantidade. Estas qualidades permitem que os jogadores participem de disputas em que são recompensados de acordo com seus desempenhos.
NFT do CryptoPlayers. Fonte: thecryptoplayers.com
No modo PvP do CryptoPlayers, ainda a ser lançado, em caso de cinco vitórias consecutivas, os recursos de um determinado jogador aumentam, tornando-o mais competitivo. Ao vencer uma liga, por exemplo, é possível ganhar um card com atributos superiores. E assim por diante.
Mas os NFTs do CryptoPlayers não vão se limitar à concessão de benefícios restritos unicamente ao ambiente virtual. Também vão oferecer contrapartidas tangíveis no mundo real. Futuramente, explicou Diogo Ruiz à reportagem, as recompensas poderão variar desde produtos oficiais de clubes e seleções até experiências VIP completas nas principais competições do planeta:
“Eu acredito muito nessa vida híbrida. A gente vai estar vivendo o virtual, mas vamos estar vivendo o físico também. A gente quer trazer isso para os CryptoPlayers.”
Diversão e investimento democrático
A disposição dos jogadores vai determinar como cada um encara os desafios propostos pelo jogo: se apenas como entretenimento ou como investimento financeiro. Mas a ideia é que o CryptoPlayers seja acessível para o maior número possível de usuários, conforme enfatizou Diogo Ruiz:
“A figurinha vai ser o gatilho para o jogo”, conta o CEO. “São duas coisas. A primeira é que todo mundo vai poder jogar. Vai ser acessível para todos. Quem não quiser jogar apostando vai poder jogar normalmente. Quem quiser jogar para fins de investimentos, vai poder também. É ser extremamente democrático, como tem de ser”, enfatizou.
O preço inicial de um NFT do CryptoPlayers é bastante acessível: apenas R$ 10. Para facilitar o acesso dos interessados, os ativos digitais podem ser comprado via Pix, sem necessidade de que os usuários tenham familiaridade com criptomoedas.
O roadmap do CryptoPlayers prevê o lançamento da versão ‘super trunfo’, na qual os jogadores podem se envolver em batalhas PvP (jogador contra jogador), entre abril e maio próximos. Em agosto, a ideia é que os colecionadores já possam atuar como gestores de times compostos por uma coleção de cards, em uma nova modalidade de competição no modelo play-to-earn.
Embora os modos de batalha do CryptoPlayers ainda não tenham sido implementados, o CEO estima ter arrecadado mais de R$ 20 mil até agora. As metas para o restante do ano, que se encerra em grande estilo com a Copa do Mundo do Catar, são ambiciosas, revela Diogo Ruiz:
“A estimativa é de que até o final do ano a gente fature mais de 100 milhões de dólares somente com essa coleção”.
Por enquanto, os NFTs do CryptoPlayers são baseadas em jogadors fictícios, mas há planos de atrair as grandes estrelas do futebol mundial para lançarem cards exclusivos como parte de novas coleções de NFTS do projeto em um futuro próximo.
A Copa do Mundo do Catar é um gatilho importante para a expansão do projeto em nível global, embora nesse momento inicial o foco esteja na construção de uma comunidade forte no próprio Brasil, conforme afirmou Diogo Ruiz ao Terra:
“A gente é o país do futebol. A gente é o país que mesmo com todas as adversidades de infraestrutura, de tecnologia, a gente é um dos países que mais usa aplicativos no mundo, redes sociais de modo geral. A gente é um país de pessoas curiosas, de pessoas que querem fazer parte, independente de todas as dificuldades. A gente vai aliar tudo isso, somado ao ano da Copa para que a gente possa introduzir uma tecnologia com um tema que é comum para todo mundo. Mas eu reitero que o projeto tem alcance global. Temos gente que compra nos Estados Unidos, gente que compra na China, na Europa. Claro que, por enquanto, nossa força é maior no Brasil porque o projeto começou aqui. A comunidade é brasileira. Mas a gente consegue ver claramente que o projeto funciona mundo afora. É tecnologia, né? Não tem barreiras.”
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a união entre esportes e criptoativos é uma tendência mundial que, em 2021, no Brasil, ganhou expressão através do lançamento de fan tokens dos principais times do país. Em 2022, a exploração dos recursos dos tokens não fungíveis para recompensar torcedores fiéis parece ser a bola da vez.
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