Candidato a presidente do Brasil usa Blockchain para publicar plano do governo
O candidato à presidência do Brasil, Fernando Haddad, anunciou que sua campanha usará a tecnologia blockchain para distribuir suas posições políticas e planos para o governo.
Fernando Haddad, o candidato à presidência do Partido dos Trabalhadores do Brasil, publicou seu plano do governo via blockchain, por um anúncio publicado em seu site em 14 de outubro.
De acordo com o comunicado, Haddad decidiu usar a tecnologia blockchain para divulgar informações sobre sua campanha presidencial para evitar notícias falsas. Como as informações armazenadas em um blockchain não podem ser alteradas ou comprometidas, ele decidiu armazenar os dados em uma plataforma descentralizada.
O lançamento também observa que Haddad usou “software livre” em São Paulo, onde foi prefeito de 2013 a 2014. As soluções de software monitoraram vários projetos da cidade, incluindo o Plano Diretor Municipal “com o apoio dos usuários através da internet”.
Haddad não é o único candidato a aplicar a tecnologia. De acordo com o canal de notícias Criptomoedas Facil, outros políticos que participaram da eleição geral; João Amoedo e Marina Silva, também mencionaram blockchain durante suas campanhas.
Silva propôs criar um “governo digital”, armazenando todos os dados públicos em uma plataforma descentralizada, enquanto Amoedo usava a tecnologia de contabilidade descentralizada (DLT) para registrar doações para sua campanha.
No primeiro turno das eleições de 2018, Haddad e a sua companheira de vice-presidência, Manuela d’Avila, tiveram menos de 30 por cento do total dos votos, mas acabaram por perder para o candidato de direita Jair Bolsonaro.
Bolsonaro, que já expressou sentimentos de respeito pelo antigo regime militar do Brasil, superou as expectativas nas pesquisas, tendo administrado uma plataforma de direita que prometia um retorno aos valores “tradicionais” brasileiros.
Embora tenha vencido as eleições gerais com quase 47 por cento do total de votos, Bolsonaro precisava de 50 por cento para evitar o segundo turno contra Haddad em 28 de outubro.
Como relatou a Cointelegraph em janeiro, o governo brasileiro estava considerando mover petições populares – um instrumento que permite aos cidadãos votar em diferentes questões sociais – para um blockchain baseado na rede Ethereum. As autoridades queriam criar um aplicativo móvel que permitisse que as pessoas enviassem seus votos por meio de uma plataforma descentralizada.