Exchanges brasileiras negociaram mais de R$ 9 bilhões em Bitcoin em janeiro, 68% a mais do que média de 2020
Pesquisa mostra que mercado de Bitcoin no Brasil cresceu expressivamente em 2020 e começou ano de 2021 com grande volume de negociação em exchanges.
O mês de janeiro de 2021 foi de grande movimentação para as exchanges de Bitcoin brasileiras, que negociaram valores 68% acima da média mensal registrada em 2020.
Um relatório da CointraderMonitor revelou que as exchanges brasileiras negociaram cerca de 49.216 BTC entre 1 e 31 de janeiro de 2021, ou R$ 9,389 milhões. Em 2020, a média mensal de Bitcoins negociados ficou em 29.267 BTC.
Em comparação com janeiro de 2020, a alta é ainda maior, de 76%, já que as exchanges brasileiras haviam negociado 27.849 BTC no ano passado.
A forte alta na negociação de Bitcoin no Brasil não foi à toa. A maior criptomoeda começou o mês de janeiro dobrou seu recorde histórico e foi a US$ 42.000, depois de vencer a marca anterior de US$ 20.000 no fim de dezembro.
No fim, a maior criptomoeda fechou janeiro de 2021 com alta de 19% no mês. Jefferson Silva, do CointraderMonitor, falou ao BeInCrypto sobre os motivos para um mês de forte negociação no Brasil:
“Um fator foi a visibilidade que a entrada do capital institucional no mercado cripto trouxe e, por isso, muitas pessoas e empresas ganharam confiança para também comprar Bitcoins. Agora junte tudo isso ao Pix, que embora não esteja amplamente integrado às plataformas, facilitou e muito a vida dos investidores brasileiros na hora de comprar e vender suas criptomoedas.”
O dia com maior negociação em janeiro foi 11 de janeiro, com 4.469,60 BTC negociados em 24 horas, em um dia de grande volatilidade e traders realizando lucros na maior criptomoeda com temos de uma correção de médio prazo.
Segundo o CointraderMonitor, a maior exchange brasileira segue sendo a Mercado Bitcoin, que negociou 23% dos BTCs no período, seguida pela NovaDAX, a Binance, a BitPreço e a Foxbit.
Entre outras informações reveladas pelo relatório, o ano de 2020 teve uma média de negociação 75% maior do que em 2019 nas exchanges que atuam no Brasil, passando de R$ 11,39 bilhões negociados em 2019 para R$ 20,02 bilhões em 2020.
Parte da alta, diz o relatório, é puxada pela desvalorização expressiva do real, que tornou o Bitcoin um ativo de proteção contra a inflação e a desvalorização cambial. Mesmo com quase o dobro dos valores negociados em real, o volume de Bitcoin – que também valorizou-se expressivamente contra o dólar – caiu de 369 mil BTC para 351 mil BTC entre os anos de 2019 e 2020.
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