Empresa brasileira vai pagar bônus para mineradores de Bitcoin que usarem fonte renováveis de energia
A Hathor Labs anunciou que bonificará os mineradores de Bitcoin que utilizarem fontes renováveis no processo de obtenção de BTCs combinada com o token nativo HTR
A Hathor Labs, consultoria de software que desenvolve soluções para negócios e organizações utilizando a Hathor Networks, blockchain criada por engenheiros brasileiros, anunciou que bonificará os mineradores de Bitcoin que utilizarem fontes renováveis no processo de obtenção de BTCs combinada com o token nativo HTR.
O incentivo acontecerá por meio do lançamento da Hathor Green, a primeira iniciativa nas áreas ambiental, social e de governança da startup, fundada em 2018.
As inscrições vão até 8 de julho. Podem participar mineradores individuais ou profissionais não apenas de bitcoin, mas de todas as moedas baseadas no algoritmo de mineração SHA256, desde que a atividade também esteja com a mineração compartilhada habilitada na Hathor Network.
Para receberem o bônus, os participantes do programa devem apresentar documentação que comprove a utilização de uma fonte de energia renovável, bem como o endereço da carteira em que recebem os tokens HTR minerados.
Se aprovado, os mineradores receberão um bônus mensal em HTR com base na porcentagem das recompensas de mineração e poder de hashing dado à Hathor Network.
“Fornecer incentivos extras aos mineradores de bitcoins que usam energia limpa é uma das melhores maneiras de encorajar outros a segui-los”, afirma Guto Martino, head de Marketing da Hathor Labs.
Bônus em mineração
No próximo trimestre, a empresa anunciará uma nova fase do programa, com medidas para quem utiliza energia de matriz fóssil e pretende compensar as emissões de CO2 da atividade de mineração.
A Hathor Network utiliza um mecanismo de consenso híbrido criado pelo engenheiro Marcelo Brogliato, CTO da startup, durante seu PhD. Nele, as novas transações feitas na rede recebem confirmações tanto diretamente de transferências prévias (DAG), quanto de blocos minerados a partir do método Proof-of-Work.
A empersa destaca como exemplos de fontes renováveis: hídrica (energia da água dos rios), solar (energia do sol), eólica (energia do vento), biomassa (energia de matéria orgânica), geotérmica (energia do interior da Terra), oceânica (energia das marés e das ondas) e hidrogênio (energia química da molécula de hidrogênio).
O Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge estima que o consumo anual de eletricidade da rede Bitcoin (dividida por todos os mineradores) totaliza cerca de 145 TWh, sendo responsável por cerca de 0,65% do consumo total de eletricidade global.
Estima-se que mais de 2/3 dos mineradores estão localizados na China, 7% nos Estados Unidos e 7% na Rússia.
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