Banco Central debaterá Real Digital e recebe inscrições para a I Conferência Anual do BC

O Banco Central do Brasil (BC) anunciou a realização da I Conferência Anual do Banco Central, na qual, entre outros temas, o Real Digital e temas ligados a macroeconomia, sustentabilidade, entre outros

O Banco Central do Brasil (BC) anunciou a realização da I Conferência Anual do Banco Central, na qual, entre outros temas, o Real Digital e temas ligados a macroeconomia, sustentabilidade, estabilidade financeira, economia bancária, intermediação e inovação financeira, regulação macroprudencial, economia internacional e finanças.

O evento, que acontecerá em Brasília entre 17 e 19 de maio de 2023, é resultado da unificação dos tradicionais: Seminário Anual de Metas para a Inflação e Seminário Anual de Estabilidade Financeira e Economia Bancária. 

Segundo informou o BC, a Conferência busca estimular o debate e a pesquisa nas diversas áreas citadas e estarão presentes acadêmicos, especialistas do setor privado e representantes de bancos centrais e instituições multilaterais.

O evento contará com a participação de Gita Gopinath (FMI) e Robert Townsend (MIT), como keynote speakers, além de painéis conduzidos por Amir Sufi (University of Chicago), Sabine Mauderer (NGFS, Bundesbank) e Stijn Claessens (BIS). A programação com os temas abordados por cada keynote ainda não foi divulgada.

O primeiro dia do evento será dedicado às sessões com os keynote speakers e a painéis de políticas públicas. Para o segundo dia o BC contará com apresentações dos trabalhos acadêmicos selecionados e, para isso, abriu uma chamada para a submissão de artigos. As regras podem ser acessadas no link.

Inovação financeira

Entre os keynotes do evento do Banco Central, Gita Gopinath abordou recentemente os desenvolvimentos das nações em torno da emissão de CBDCs, como vem fazendo o Brasil com o Real Digital, que deve ter sua primeira emissão, em um ambiente de testes, ainda este ano.

Gopinath destacou que a proposta de emissão de uma CBDC por bancos centrais está avançando em diversos países. Porém, diferente do Brasil, as nações trabalham no desenvolvimento de uma moeda digital voltada ao varejo, basicamente o que é o PIX no Brasil.

Além disso, comentando sobre aspectos da inovação financeira, Gopinath, afirmou que o Bitcoin e as criptomoedas não oferecem um ‘porto seguro’ como argumentam entusiastas dos criptoativos. Segundo ela, devido à correlação dos criptoativos com o mercado de ações, seu benefício como instrumento de diversificação de portfólio é limitado.

“A correlação do Bitcoin com as ações ficou mais alta do que entre ações e ativos como ouro, títulos com grau de investimento e principais moedas, apontando para benefícios limitados de diversificação de risco em contraste com o que foi inicialmente percebido”, afirmou.

LEIA MAIS

Você pode gostar...