Corretoras e fintechs brasileiras movimentam mercado com parcerias para se preparar para Open Banking
Corretoras e fintechs têm movimentado o mercado financeiro com parcerias e aquisições de olho no open banking
Com a expectativa da adoção do open banking no Brasil a partir da regulação do Banco Central, corretoras e fintechs têm formado parcerias para se antecipar à inovação.
O open banking permite a consolidação de todos os dados de investimentos do cliente em um só ambiente digital com atualização ao vivo, permitindo que os clientes sejam donos de suas informações e não as instituições financeiras.
Segundo matéria do Valor Econômico, o mercado tem se movimentado para se preparar para o open banking. Nas últimas semanas, a XP, por exemplo, anunciou a aquisição de uma série de fintechs, entre elas a Fliper, que consolida as carteiras dos clientes em uma só plataforma.
Nesta segunda, a corretora de investimentos Genial também anunciou parceria com a plataforma Gorila, que também agrega dados financeiros dos investidores e tem 215 mil clientes cadastrados. A plataforma tem R$ 30 bilhões integrados à plataforma, segundo o cofundador Guilherme Assis.
O open banking permite enxergar o portifólio do cliente em uma só plataforma, não importando onde os ativos estejam distribuídos. Com isso, o cliente pode escolher as instituições mais adequadas à sua carteira, comparar serviços, custos e produtos.
O co-CEO da Geial, Claudio Pracownick, diz ao Valor Econômico:
“O open banking traz o mercado mais para a função inovadora e cooperativa; até então sempre foi cada um por si. Ainda existe uma ruptura a ser feita, porque há quem procure crescer por meio de medidas protetivas. O modelo mais concorrencial é a grande mudança, pois quem vence não é o maior, mas o melhor”
Mesmo com a pandemia, o Banco Central não alterou a programação para o open banking. O sistema deve começar a ser implementado em novembro e esteja funcionando em 2021, com a integração de investimentos para o fim do ano que vem ou início de 2022.
Segundo Pracownick, da Genial, a pandemia acelerou os processos:
“Antes, os reguladores estavam provocando a digitalização e tudo o mais, mas virou necessidade, os consumidores exigem isso”
O texto também lembra que até abril de 2020, não havia uma regra específica para a portabilidade dos investimentos junto à Comissão de Valores Mobiliários.
O departamento técnico da CVM então manifestou-se no sentido de orientar as corretoras para que a transferência de custódia seja feita preferencialmente por meio digital, já que havia instituições que ainda exigiam autenticidade da firma por cartório.
O sócio-fundador da Fliper, que foi adquirida pela XP, Renan Georges, diz que a fintech vai manter a gestão independente e vai ajudar os clientes a acessar outras plataformas da XP:
“A solução vai ajudar na tomada de decisão de maneira mais inteligente. O cliente tal pode olhar para a XP e se tiver um produto mais caro ou pior, o aplicativo vai deixar claro. Isso pode fazer com que a própria XP transforme sua prateleira”
Ele completa lembrando que toda validação tem de respeitas as regras da Lei Geral de Proteção de Dados e que aqueles que melhor atenderem a essa demanda devem ganhar mercado.
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