Da Renner à Citrosuco: Agronegócio e industrias brasileiras adotam blockchain, desde o suco de laranja até no algodão

O agronegócio brasileiro está cada vez mais adotando soluções baseadas na tecnologia blockchain, a mesma que deu vida ao Bitcoin (BTC), em busca de obter uma maior controle de todo o processo produtivo e também para reforçar práticas de sustentabilidade na cadeia de produção

O agronegócio brasileiro está cada vez mais adotando soluções baseadas na tecnologia blockchain, a mesma que deu vida ao Bitcoin (BTC), em busca de obter uma maior controle de todo o processo produtivo e também para reforçar práticas de sustentabilidade na cadeia de produção.

Uma das grande empresas nacionais a adotar blockchain recentemente foi a Citrosuco, uma das maiores produtoras globais de suco de laranja, que vem reforçando a adoção de práticas sustentáveis e para isso, uma das frentes é a tecnologia blockchain.

Por meio do sistema adotado pela Citrosuco, a ferramenta controla todo o processo: desde a colheita, o processamento nas três fábricas paulistas, até o transporte ao supermercado.

Segundo revelou ao Estadão Tomás Balistiero, diretor agrícola da empresa, o reforço da Citrosuco no ESG busca atender à crescente demanda dos consumidores, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.

“São mercados exigentes e a certificação valida as práticas ambientais”, diz Balistiero.

Quem também vem adotando blockchain em sua cadeia de produção são os produtores de algodão que fecharam uma parceria com as indústrias têxteis e criara o Programa Sou ABR (Algodão Brasileiro Responsável) que reunirá informações sobre a origem e fabricação dos produtos via tecnologia blockchain.

Segundo o Globo Rural, a ação envolve a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o grupo carioca Reserva, grupo AR&CO e Renner.

Algodão

A Abrapa afirma que a iniciativa é a primeira a promover rastreabilidade em larga escala na cadeia têxtil nacional, cujo objetivo é oferecer transparência ao consumidor, estimular escolhas mais conscientes, e fornecer à indústria matéria-prima de produtores comprometidos com a sustentabilidade na cadeia produtiva.

“Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, capilarizada para todo o processo produtivo. A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência da indústria têxtil”, afirma Fernando Sigal, diretor de produtos da Reserva.

Para garantir a rastreabilidade no setor produtivo do algodão o Programa Sou ABR contará com a participação da EcoTrade, responsável pela plataforma. 

“A tecnologia proporciona digitalização que torna a informação acessível e auditável em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade”, afirma Flávio Redi, Ceo da EcoTrace.

Assim como outras soluções do gênero, o consumidor final terá acesso as informações por meio da leitura de um QR Code que estará na embalagem dos protudos.

A reportagem destaca ainda que todas as peças incluídas no programa de rastreabilidade usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição e obtém a certificação socioambiental.

“As primeiras foram lançadas já no dia 7 de outubro, para o público masculino da loja Reserva. Já a Renner começa a participar, a partir de 2022, com uma coleção de roupas femininas”, finaliza.

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