PIX e Open Banking podem ajudar Brasil a ter sua moeda digital, diz presidente do Banco Central

‘Moeda mais simplificada’ e outras soluções permitirão uma evolução no sistema financeiro do país

A união de sistemas como o Open Banking e o PIX podem resultar na criação de uma moeda digital para o Brasil. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o futuro encontro desses programas pode fortalecer a ideia de uma CBDC no país.

Em videoconferência com o Valor Econômico, o executivo falou sobre a expectativa da criação de uma moeda digital impulsionada pelo PIX. Além disso, Campos Neto pontuou sobre a reforma tributária, além de afirmar que a economia brasileira vivenciou um “coma induzido”.

Embora a criação de uma moeda digital do Brasil foi mencionada por Campos Neto, a retomada da economia foi o tema principal da live com o presidente do BC. A preocupação com o Produto Interno Bruto (PIB) também foi apresentada na videoconferência, que teve a presença de Ilan Goldfajn, presidente do conselho do Credit Suisse.

Pix e a moeda digital do Brasil

O Brasil pode lançar uma moeda digital criada a partir do Banco Central. Conhecida como CBDC, o projeto seria o resultado de iniciativas como o PIX e o Open Banking.

Durante a live, o presidente do BC afirmou que uma moeda digital pode ser apresentada pelo Brasil. Sem mencionar quando o projeto será apresentado, Campos Neto diz que iniciativas na economia brasileira devem impulsionar o desenvolvimento da moeda digital.

“Tem o open banking, o PIX, e uma moeda mais globalizada, simplificada e conversível. Lá na frente, a ideia é que isso chegue em uma moeda digital, quando todos esses programas se encontrarem.”

Conforme noticiou o Cointelegraph, a abertura do PIX foi antecipada pelo Banco do Brasil. Até então, o cadastro no sistema de pagamentos do governo federal seria inaugurado em novembro de 2020. Dessa forma, a mudança permitirá a inclusão de dados de usuários a partir de outubro no PIX.

Projeção de queda do PIB preocupa

A projeção do mercado financeiro aponta uma brusca queda de quase 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. Com a crise do Novo Coronavírus, o país chegou ao “fundo do poço”, segundo Campos Neto.

“É como se fosse um coma induzido, desligou tudo, não tínhamos tido nenhuma experiência na nossa história.”

A previsão pessimista do PIB brasileiro do Banco Central projeta uma queda de 6,4% na economia do país. Enquanto isso, o Ministério da Economia aposta em um recuo no crescimento de 4,7%.

O presidente do BC falou sobre a projeção de retração da economia brasileira, que ainda não apresentou o resultado do segundo trimestre. Os números de abril a junho devem servir para orientar sobre o PIB em queda.

“A grande incerteza é o número do segundo trimestre. É ele que vai ditar o PIB este ano. No terceiro trimestre vai ter menos incerteza.”

Ao falar sobre criptomoedas, Campos Neto disse que O Bitcoin e outros ativos surgiram através da ineficiência dos Bancos Centrais em todo o mundo. O executivo afirma que nenhum sistema financeiro com baixo custo e rapidez operacional foi proposto, fazendo com que as criptomoedas fossem criadas.

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