Brasileiros possuem investido na poupança mais dinheiro que todo o Marketcap do Bitcoin
Brasileiros tem mais de R$ 830.677 bilhões, valor é maior que todo o marketcap do Bitcoin
Os investidores brasileiros têm mais dinheiro na poupança do que todo o valor de mercado do Bitcoin, segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil. De acordo com o último relatório do Bacen, referente ao mês de dezembro de 2019, os brasileiros tem na poupança mais de R$ 830.677 bilhões.
No momento da escrita o valor total do Marketcap do Bitcoin, mesmo com a recente alta, está em US$ 145.310.509.939 ou R$ 591.413.775.451,73. O montante alocado pelos brasileiros na caderneta de poupança é quase superior a todo o mercado de criptomoedas somado que, no momento da esctia está em US$ 210.711.708.336 ou R$ 591.413.775.451,73 e R$ 857.596.653.049,62.
Muito mais velha que o Bitcoin a caderneta de poupança no Brasil foi lançada pelo Imperador Dom Pedro II em 1861 com o decreto que instituiu e regulou a Caixa Econômica Federal, que tinha à época o objetivo único de remunerar depósitos com juros de 6% ao ano sob a garantia do governo imperial.
Contudo, já em 1874 houve um corte na rentabilidade da poupança por meio de um decreto que estabeleceu que nunca os juros poderiam ser superiores a 6% e que a rentabilidade seria fixada pelo governo imperial.Considerada o investimento de menor risco no Brasil a poupança também tem uma rentabilidade baixa, 0,2871% mês na regra nova e de 0,5000% mês na regra antiga.
Entretanto, especialistas no mercado financeiro tem apontado que a capitalização da poupança, aliada ao open banking, que deve ser lançado em 2020 pelo Banco Central do Brasil, abre uma grande oportunidade para as empresas que operam no segmento de criptomoedas tendo em vista que, com o lançamento do novo sistema, fintechs poderão conectar suas aplicações diretamente com os bancos e, desta forma, acessar a conta bancária dos usuários que assim permitirem.
Desta forma, diversas soluções podem ser criadas, como por exemplo, um resgate automático do valor aplicado na poupança se o real iniciar um movimento de desvalorização. Assim, estabelecendo um limite do preço do dólar, automaticamente uma porcentagem ou até mesmo o saldo total aplicado na poupança pode ser convertido em Bitcoin para evitar uma desvalorização cambial.
“O Banco Central no Brasil deve lançar em o sistema de pagamentos instantâneos e open banking em 2020 e isso pode mudar completamente o cenário atual, hoje, os bancos podem negar acesso a empresas de criptomoedas ao sistema, mas, com estes desenvolvimentos podemos ter um possibilidade única para se conectar a esta rede e isto vai permitir que as empresas possam receber e enviar fiat que é o que precisamos para realizar nossas atividades e integrar os sistemas”, afirmou o CEO da Stratum, Rocelo Lopes.
Recentemente sobre estas propostas o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, declarou que não importa se uma instituição é um banco tradicional ou uma fintech, todos terão que ser digitais, “Não pode haver mais diferença entre um grande banco ou uma fintech. Todas as instituições financeiras precisam ser digitais”, disse.
Além disso reforçou sua crença de que é preciso que o sistema financeiro nacional adote a tecnologia do Bitcoin, blockchain,
“Tecnologias como inteligência artificial e blockchain têm se tornado cada vez mais comuns nos bancos brasileiros, que usam essas ferramentas para oferecer melhor experiência aos clientes e maior segurança. (…) Não é questão de ser fintech ou ser banco, todo mundo vai ter de ser digital. A questão é entender onde usar a tecnologia para melhor atender ao cliente”, frisou.
Os bancos devem perder muito poder em 2020 no Brasil, além dos dois lançamentos já mencionados, o Banco Central colocou em Audiência Pública uma proposta para permitir o compartilhamento de caixas eletrônicos para que em qualquer caixa seja possível usar qualquer cartão de qualquer banco ou fintech.
Essa medida pode também permitir ‘saque’ de Bitcoin, pois fintechs que trabalham com criptomoedas pode usar o sistema para fazer a ‘conversão’ de Bitcoin e criptomoedas em Reais, como já fazem, Atar, Alterbank e Uzzo, por meio das bandeiras de crédito, Mastercard, Visa e Ello.
Como noticiou o Cointelegraph, o Banco Central do Brasil tem se envolvido cada vez mais com blockchain e criptomoedas e recentemente, por meio do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift), apoiou uma startup que oferece serviços de empréstimo p2p usando blockchain.
Em outra iniciativa do BCB que deve ser implementada em 2020 e que pode ajudar a impulsionar a adoção dos criptoativos no Brasil, a instituição devem implementar seu Sandbox, um ambiente regulado que deve ser usado para testar novas tecnologias financeiras e novos modelos de negócios e que pode permitir a participação de empresas de criptomoedas.
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