Brasil vai extraditar famoso piramideiro aos EUA, preso pela PF

Um dos maiores casos de pirâmide financeira do Brasil ganhou mais um episódio na última semana. O que mais chamou atenção de fato é a decisão do STF, que determinou que vai extraditar um “piramideiro” do Brasil para os EUA.

O piramideiro em questão é Carlos Natanael Wanzeler, que foi preso pela Polícia Federal na última quinta (21). Wanzeler é um empresário, famoso por ser um dos líderes da Telexfree, que atualmente possui nacionalidade nos EUA.

O STF solicitou sua prisão na última terça (18), que foi acatada pela Polícia Federal. A prisão de Carlos foi em Búzios, no estado do Rio de Janeiro. O pedido original de prisão foi feito pelos EUA, que agora poderá pedir a extradição de Carlos.

Nos últimos dias a Polícia Federal também prendeu um ex-agente, que colaborou com a fuga de um ex-líder da Telexfree. Os agentes da PF, que cumpriram mandatos em quatro estados, buscaram alvos que teriam recebido em Bitcoin para libertar o ex-líder da Telexfree.

Piramideiro profissional, STF determinou que vai extraditar ex-líder da Telexfree do Brasil para os EUA

Por “piramideiro”, na linguagem popular brasileira, entende-se que este é o fundador de uma pirâmide financeira. O crime de pirâmide financeira é tipificado no Código Cívil e Penal brasileiro, principalmente no Art n.º 171, que refere a estelionato. Um manual do Ministério Público, elaborado em 2016, ajuda a identificar golpes de pirâmide financeira.

No caso da Telexfree, Carlos Wanzeler é nascido no Brasil, mas viu no último dia 19 sua nacionalidade brasileira ser retirada. Isso porque, Carlos obteve nacionalidade norte-americana, de forma que o STF entendeu não ser mais considerado brasileiro.

Além disso, Carlos foi condenado à prisão também nos EUA, onde residia nos últimos anos e cumpria prisão domiciliar. Com uma fuga, foi considerado foragido da justiça dos EUA.

De acordo com informações da Polícia Federal do Brasil, Carlos teria fugido dos EUA de forma cinematográfica. A fuga ocorreu a bordo de um carro, que teria cruzado a fronteira para o Canadá. De lá, pegou um avião de Toronto para a cidade de São Paulo (SP).

A prisão ocorreu para fins de extradição, da qual Carlos ficará a disposição da Suprema Corte até que seja autorizada sua saída definitiva do Brasil. No Brasil, são milhares de pessoas lesadas pela Telexfree, que pode ter roubado bilhões dos brasileiros.

Sócio já montou empresa envolvendo moeda virtual no Brasil

Enquanto um dos Carlos da Telexfree aguarda sua viagem para os EUA, outro já monta uma empresa no Brasil. A novidade fundada por Carlos Costa, ex-sócio de Wanzeler, se chama Pipz.

Ambos foram presos preventivamente no dia 17 de dezembro de 2019 no âmbito da Operação Alnilam, que investiga suspeita de ocultação de valores obtidos com a Telexfree, segundo informações previamente divulgadas no Livecoins.

Por fim, o caso Telexfree é antigo, com sua fundação em 2012, tendo durado até 2014. No carnaval de 2020 foi tema de fantasia de um folião, que citou a Telexfree em meio a outras possíveis pirâmides como a Unick Forex e FX Trading.

Folião brinca com possíveis pirâmides financeiras do Brasil no Carnaval de 2020
Folião brinca com possíveis pirâmides financeiras do Brasil no Carnaval de 2020 – Reprodução/Internet

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