Bradesco diz que não tem medo do Bitcoin e fintechs mas de Facebook e Apple

Presidente do Bradesco declara que não tem medo do Bitcoin ou de fintechs mas da entrada das grandes empresas de tecnologia no mercado financeiro

O Bradesco, um dos principais bancos do Brasil, afirmou que não têm medo do Bitcoin ou das fintechs de pagamento que buscam ‘pegar’ uma fatia dos clientes das instituições financeiras tradicionais, em contrapartida, o banco teme gigantes de tecnologia como Apple e Facebook (este com a stablecoin libra)

O ‘temor’ foi revelado pelo presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019 que declarou que a entraga das ‘big thechs’ no mercado financeiro pode ‘travar’ o sistema.

“Imagine um desses (em referência a Amazon, Google e Facebook) entrando no mercado e, com os milhões de clientes que esses casas têm, acessando os sistemas dos bancos? O sistema trava. Não há tecnologia que suporte”, alertou ele.

Para evitar este ‘travamento’ do sistema, ele sugere a criação de uma tarifa entre todas as empresas que venha a utilizar o sistema de open banking, que o Banco Central do Brasil, deve implementar até o início do ano.

“É preciso ter cuidado para evitar dissabores e tarifas. Temos de corrigir assimetrias de informação. Tudo o que é de graça não é valorizado”, enfatizou.

Quem concordou com Lazari foi o sócio fundador do Nubank que também declarou a necessidade de criação de uma tarifa para o open banking, “Os grandes bancos também têm de conseguir ter acesso à base de dados das big techs. É uma questão de reciprocidade”, acrescentou

Como noticiou o Cointelegraph, o Nubank, um dos principais bancos digitais do Brasil, anunciou que vai iniciar uma série de mudanças visando preparar a instituição financeira para oferecer sistema de pagamentos instantâneos, aplicação que irá substituir as operações de TED e DOC no Brasil, segundo o Banco Central.

“Teremos de conseguir fazer essa oferta. Imaginamos que nossos clientes vão querer ter pagamentos instantâneos e que os estabelecimentos também vão querer aceitar essa forma de pagamento. Existe muito argumento de tecnologia, segurança, tarifas. Por outro lado, temos uma estratégia de produto para desenvolvermos internamente nossos pagamentos instantâneos”, explicou Velez.

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